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Estudo indica que EUA e China são os principais beneficiários da OMC

30/12/2019 11h42

Frankfurt am Main, 30 dez 2019 (AFP) - Os Estados Unidos e a China tiram máximo proveito de sua participação na Organização Mundial do Comércio (OMC), de acordo com um estudo da Fundação Bertelsmann publicado nesta segunda-feira, no momento em que as duas principais potências estão tentando uma desescalada em suas disputas alfandegárias.

Calculando como a participação na OMC aumentou o Produto Interno Bruto (PIB) de cada país, especialmente graças à redução de tarifas que favorecem o comércio, os Estados Unidos acumularam um diferencial positivo de 87 bilhões de dólares nos 25 anos que pertence à organização.

É seguido de perto pela China, com 86 bilhões de dólares, desde que foi integrada à OMC em 2001, e pela Alemanha, com 66 bilhões, de acordo com um estudo publicado pela fundação alemã.

"Nenhuma organização é perfeita, mas qualquer pessoa que confie em um sistema de acordos comerciais puramente bilaterais, em vez de fazê-lo na OMC, correria o risco de ter grandes perdas no comércio internacional", diz Christian Bluth, especialista da Bertelsmann.

A OMC, que tem 164 países membros, celebrará seu 25º aniversário em 1º de janeiro em um estado de paralisia porque os Estados Unidos, muito críticos à organização, se recusaram a nomear novos juízes do tribunal de apelações do Órgão de Solução de Litígios Comerciais. (ORD).

O conflito comercial entre Washington e Pequim em dezembro chegou a uma trégua na disputa tarifária, enquanto se aguarda a assinatura de um acordo preliminar que pode ocorrer em janeiro.

Globalmente, a OMC forneceu a seus membros um complemento de crescimento de cerca de US $ 855 bilhões até 2016, diz a Fundação Bertelsmann.

Isso corresponde a cerca de 1% do PIB mundial e um crescimento médio de 4,5% do PIB em cada país membro durante seu período de associação à OMC.

"Os países cujas exportações e produção são fortes são os principais beneficiários" dessa adesão, segundo um comunicado, que também menciona a Coreia do Sul e o México.

As outras grandes economias europeias, França (US$ 24,5 bilhões) e Reino Unido (US$ 22 bilhões) também se beneficiaram do sistema, mas em menor grau.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em meados de dezembro sua intenção de se reunir no início de 2020 com o presidente dos Estados Unidas, Donald Trump, para tentar apaziguar disputas comerciais com Washington.

jpl/cfe/lb/age/af/cn

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