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Criação de emprego nos EUA desacelera mais que o esperado em dezembro

10/01/2020 16h34

Washington, 10 Jan 2020 (AFP) - A sólida criação de empregos nos Estados unidos se manteve estável em dezembro, mas em um ritmo menor que o esperado, e os salários também cresceram menos, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (10).

No último ano de uma década de emprego crescente, a contratação de trabalhadores se desacelerou de forma notória, após um 2018 pujante, anunciou o Departamento do Trabalho.

Esse declínio não é incomum após a forte alta no crescimento do emprego. Contudo, pode ofuscar a gestão econômica do presidente Donald Trump, que espera se reeleger em novembro.

No total, 145.000 empregos foram criados no último mês de 2019, quando os analistas esperavam 160.000. Esse é o menor ritmo registrado em sete meses.

O número é muito inferior aos 256.000 registrados em novembro (revistos para baixo), cujo total foi inflado pelo retorno dos funcionários da General Motors após sua greve histórica.

Em média, a economia americana criou 175.000 empregos por mês em 2019 contra 225.000 novos postos mensais em 2018.

Embora seja mais baixo, este permanece um nível sólido, já que os americanos estimam que a economia local continua sendo apoiada com um número médio de 100.000 novos empregos mensais.

A evolução do salário médio por hora continuou decepcionando em dezembro, com um aumento de apenas + 0,1%, enquanto os analistas projetaram + 0,3%.

E comparado a dezembro de 2018, caiu abaixo de 3% (+ 2,9%) pela primeira vez em um ano e meio (julho de 2018).

Os salários lutam para decolar, apesar da escassez de mão de obra.

Durante 2019, as empresas geralmente preferem dar mais benefícios a seus funcionários, principalmente em termos de saúde, invés de aumentar os salários.

Isso se deve a um contexto de desaceleração econômica e incerteza ligada à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

- Respaldo ao consumo -Enquanto o crescimento do PIB diminuiu em 2019, o persistente gasto dos consumidores estimula a maior economia do mundo, mas economistas dizem que pode se enfraquecer se o mercado de trabalho começar a decair.

O total da força de trabalho - formada pelas pessoas com emprego ou buscando trabalho - cresceu em dezembro um pouco mais rapidamente que a criação de empregos, o que poderia elevar a taxa de desemprego, caso chegue a se tornar uma tendência.

"O desempenho do mercado de trabalho continua oferecendo uma base sólida ao principal pilar do crescimento: o gasto dos consumidores", disseram analistas da consultoria Oxford Economics.

"Contudo, enquanto olhamos para 2020, o vento contrário persistente no mundo, a incerteza política e a cautela das empresas provavelmente frearão a demanda de trabalho em meio a um mercado de trabalho cada vez mais ajustado", disseram.

Dt/jul/mps/ll/cn/ll/mvv

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