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Construção de casas nos EUA tem queda de 30% em abril em meio à pandemia

19/05/2020 13h57

Washington, 19 Mai 2020 (AFP) - A construção de novas casas nos Estados Unidos teve uma queda de um pouco mais de 30% em abril em relação ao mês anterior, em meio à paralisação das atividades para evitar a propagação da COVID-19, segundo dados do governo divulgados nesta terça-feira (19).

Com 891.000 unidades, a taxa de construção de casas novas em abril diminuiu 30,2%, abaixo da estimativa revisada em março que previa 1.276.000, informou o Departamento de Comércio.

E está 29,7% abaixo da taxa de abril de 2019, de 1.267.000, apontou.

As quedas foram generalizadas em todo o país, com o Nordeste do país experimentando o maior impacto, com uma queda de quase 44%, enquanto a região Centro-Oeste teve uma queda relativamente baixa de 15%.

As licenças para novas construções, que em tempos normais são um sinal de demanda, tiveram queda de 20,8% em relação a março.

Com a ocorrência da pandemia de coronavírus, nada é normal.

"Devido aos acontecimentos recentes relacionados à COVID-19, muitos governos e empresas estão operando com capacidade limitada ou suspenderam completamente as operações", explicou o Departamento de Comércio.

A Construção é um setor fundamental para a economia dos Estados Unidos. A demanda por moradias era alta antes da crise gerada pelo novo coronavírus, devido às baixas taxas de juros dos empréstimos hipotecários, e as construtoras lutavam para permanecer em alta enquanto os preços subiam.

Depois que o Federal Reserve, o banco central americano, reduziu a taxa básica de juros para zero, isso poderia ajudar a comprar casas. No entanto, com a perda de mais de 30 milhões de empregos por causa da pandemia, as perspectivas permanecem incertas.

Ainda assim, "a construção de casas provavelmente chegou o fundo do poço", disse Ian Shepherdson, da consultoria Pantheon Macroeconomics.

"Por causa do confinamento, uma queda acentuada na atividade foi inevitável, mas acreditamos que esses números são temporários. Maio será melhor e junho ainda melhor", disse ele em uma análise, observando que os pedidos de hipoteca aumentaram.

hs/ad/mr/bn