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Órgão suíço sanciona Banco Credinvest por suas relações na Venezuela

06/10/2020 11h32

Zurique, Suíça, 6 Out 2020 (AFP) - A Finma, autoridade suíça de vigilância dos mercados financeiros, sancionou nesta terça-feira (6) o banco suíço Credinvest, proibindo-o de ter relações com pessoas politicamente expostas, após uma investigação de seus negócios com clientes venezuelanos.

O órgão indicou em um comunicado que abriu uma investigação aprofundada contra o banco em novembro de 2018 por "indícios de infração" à lei de combate à lavagem de dinheiro no contexto de um escândalo que envolve o grupo Petróleos da Venezuela.

O gendarme do centro financeiro suíço mencionou particularmente um dispositivo "insuficiente" deste banco com sede em Lugano, no cantão de Tessin, para o combate à lavagem de dinheiro e à gestão de riscos.

"Não verificava corretamente a identidade de seus clientes (...), e não monitorava suficientemente as transações desses clientes", disse a Finma.

"Os processos eram insuficientemente documentados", acrescentou.

O órgão também censurou o banco por ter comunicado as suspeitas "muito tarde" ao escritório de comunicação em matéria de lavagem de dinheiro.

A Finma considerou que o banco "violou gravemente" as disposições da lei de combate a este problema.

Os itens examinados são de entre 2013 e 2017, disse a Finma, que já encerrou a investigação.

Sem impor sanções financeiras, ordenou que o banco verifique todos os seus clientes em gestão privada para identificar e limitar os riscos de lavagem de dinheiro.

O banco está proibido de estabelecer relações comerciais com novos clientes de risco, como "por exemplo pessoas politicamente expostas", disse a Finma, por um período de três anos até que todas as medidas ordenadas sejam aplicadas e controladas.

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