Bolsas caem por temor de segunda onda da covid-19
Londres, 28 Out 2020 (AFP) - Wall Street e as principais bolsas de valores europeias despencaram nesta quarta-feira (28), em meio a crescentes temores de novos bloqueios e seu impacto econômico no continente.
O Dow Jones caiu 3,43%, a 26.519,95 pontos, e o tecnológico Nasdaq recuou 3,73%, a 11.004,86 pontos, enquanto o índice S&P 500 perdeu 3,53%, situando-se em 3.271,03 pontos. Esta foi a maior queda na bolsa de Nova York desde junho.
Londres caiu 2,6%; Frankfurt, 4,2%; Paris, 3,4%; Madri, 2,66% e Milão, 4,06%.
Wall Street foi contagiada pelo nervosismo do mercado europeu, com o Dow Jones operando em queda de 2% no início da sessão, assim como o Nasdaq, que operava em queda de 1,75%.
O índice IBOVESPA, da bolsa de São Paulo, a principal da América Latina, teve queda de 4,25%.
Os mercados acompanham a evolução da pandemia covid-19 com preocupação.
A Alemanha anunciou o fechamento de restaurantes, instituições culturais e do setor de lazer a partir de segunda-feira, em um novo esforço para tentar conter a segunda onda do coronavírus.
As restrições vão durar um mês, e o governo prometeu até 10 bilhões de euros em ajuda para mitigar os efeitos.
A França está considerando decretar um novo confinamento em novembro. E na Itália, que este ano passará pela sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial, as manifestações contra novas paralisações de atividades se multiplicam em algumas categorias profissionais.
Na Ásia, Tóquio fechou com queda de 0,29% e Hong Kong, de 0,32%.
O retorno das restrições à saúde na Europa "gera temores de que o mesmo aconteça nos Estados Unidos em algumas semanas", acrescentou o analista.
O principal será "a situação das internações".
Nenhum setor foi poupado da queda em Wall Street. Houve "uma grande liquidez no mercado, os investidores saíram", explicou Haeling.
A pandemia do novo coronavírus deixa ao menos 1.168.750 mortos no mundo e mais de 44 milhões de pessoas foram infectadas, segundo um balanço feito pela AFP nesta quarta-feira a partir de dados oficiais.
Nos Estados Unidos, "os investidores estão enfrentando três obstáculos principais", resumiu Art Hogan, da National Holdings: "O aumento de casos da covid-19 com uma média de 70.000 novos casos por semana pela primeira vez (...), o fato de não haver um (novo) plano de estímulo econômico" antes das eleições presidenciais e "finalmente a incerteza das eleições" de 3 de Novembro.
"As internações ligadas à covid-19 aumentaram ao menos 10% na semana passada em 32 estados" do país, acrescentou Hogan.
bur-mar/mar-bc/jz/mb/cc/bn/mvv
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.