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Construtoras da maior hidrelétrica da Colômbia são acionadas por US$ 2,8 bi

08/01/2021 20h56

Bogotá, 8 Jan 2021 (AFP) - O prefeito de Medellín, Daniel Quintero, anunciou nesta sexta-feira (8) a instauração de uma ação de 2,8 bilhões de dólares contra empreiteiras que participaram da construção da maior hidroelétrica da Colômbia, uma obra que sofreu com atrasos e sobrepreço.

A decisão foi tomada após o fracasso da negociação iniciada em agosto entre a Empresas Públicas de Medellín (EPM), encarregada de desenvolver o projeto e presidida pelo prefeito da cidade, e as empreiteiras, projetistas e interventoras da mega-obra.

A ação visa a "recuperar os recursos públicos envolvidos em (...) todos os problemas prévios que o projeto teve, 9,9 trilhões de pesos" (cerca de US$ 2,84 milhões), que "são os recursos de todos os colombianos", informou Quintero em um vídeo postado em sua conta no Twitter.

Com um orçamento inicial de 1,7 bilhão de dólares, a construção passou ao equivalente a US$ 3,7 bilhões e se espera que comece a gerar energia em 2022, quatro após depois do previsto.

Em dezembro, a Controladoria Geral da República acusou 28 ex-funcionários e ex-empreiteiros da obra por suposta responsabilidade fiscal no atraso e no sobrepreço milionário da obra, provocado por uma "cadeia de erros".

A Hidroituango entrou em emergência em abril de 2018, chegando a beirar o colapso depois da cheia do rio Cauca, que forçou a evacuação de 25.000 pessoas.

Um deslizamento bloqueou o túnel de desvio do afluente, fazendo com que a represa começasse a encher sem ter sido concluída a altura do vertedouro, por onde devia seguir o curso d'água.

Especialistas têm dito que a emergência pode ter ocorrido devido a erros de engenharia, a mudanças no planejamento do projeto e inclusive a uma política de menores custos no desenho da obra que deve atender um quinto da demanda energética do país.

As obras ficaram a cargo do consórcio CCC Ituango, integrado pela empreiteira brasileira Camargo Correa (55%) e as colombianas Conconcreto (35%) e Coninsa-Ramón H (10%).

Por enquanto não foi publicada a lista de empresas acionadas, mas durante a conciliação foram convocadas, além das construtoras, as companhias Integral, Integral Ingeniería de Supervisión, Ingetec, Sedic, Seguros Generales Suramericana e Chubb Seguros Colombia.

O Ministério Público colombiano investiga a outorga das obras e possíveis danos ambientais.

dl/rsr/mvv

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