Líder em exportação de petróleo, Arábia Saudita apresenta cidade sem carros
Riade, 10 Jan 2021 (AFP) - A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo, anunciou neste domingo (10) o lançamento de uma cidade ecológica com "zero carros, zero estradas, zero emissões de CO2" em NEOM, uma região no noroeste do reino atualmente em desenvolvimento.
Região futurística e turística, NEOM está na lista dos muitos megaprojetos atuais que visam diversificar a economia saudita, altamente dependente da exportação de petróleo.
"Como presidente do conselho de administração de NEOM, apresento a vocês 'THE LINE' ["A Linha"], uma cidade que pode acomodar um milhão de habitantes, de 170 quilômetros de extensão e que conservará 95% dos espaços naturais", anunciou o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman em um comunicado transmitido pela televisão.
"Não haverá carros, estradas e haverá emissões zero de carbono", acrescentou o líder da maior economia do mundo árabe, que costuma estar entre os países mais poluentes do planeta.
"Devemos transformar as cidades em cidades do futuro", declarou bin Salman, citando uma "revolução civilizacional".
Detalhes do projeto serão divulgados mais tarde, disse o príncipe herdeiro, antes de mostrar imagens geradas por computador de "THE LINE", bem como paisagens de desertos intocados e mares azuis.
A cidade pedonal terá serviços como escolas, postos de saúde e espaços verdes, bem como transportes públicos de alta velocidade, com percursos que não deverão ultrapassar 20 minutos, segundo nota do NEOM.
Da mesma forma, a inteligência artificial terá um papel central na cidade, que será movida por "equipamentos de baixo carbono, movidos por sua vez por energia 100% renovável".
A construção do "THE LINE" terá início no primeiro trimestre de 2021 e será financiado pelo Fundo de Investimento Público Saudita (PIF), principal instrumento da política de diversificação da economia do país.
O projeto vai criar 380 mil postos de trabalho e a sua contribuição para o PIB é estimada em 180 bilhões de reais (mais de 47,6 bilhões de dólares) até 2030, concluiu o comunicado.
bur-aem/feb/bc/gm/am
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