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PIB britânico tem contração recorde de 9,9% em 2020

PIB da Grã-Bretanha registrou baixa sem precedentes, devido ao impacto da pandemia - Nigel Roddis/Reuters
PIB da Grã-Bretanha registrou baixa sem precedentes, devido ao impacto da pandemia Imagem: Nigel Roddis/Reuters

Em Londres

12/02/2021 06h11

O PIB (Produto Interno Bruto) da Grã-Bretanha registrou queda de 9,9% em 2020, uma baixa sem precedentes, devido ao impacto da pandemia de coronavírus que paralisou setores inteiros durante meses, anunciou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).

No quarto trimestre, a economia britânica cresceu 1%, depois de um avanço de 16,1% registrado no terceiro trimestre.

De outubro a dezembro "aconteceu um aumento da atividade dos serviços, produção e construção, mas continuou sendo inferior aos níveis prévios à pandemia", explicou o ONS.

De acordo com a instituição, este é o maior retrocesso anual registrado desde o início das estatísticas sobre a economia britânica. A queda do PIB do ano passado foi mais que o dobro da contração de 2009, provocada pela crise financeira.

Em novembro, o confinamento em vigor na Inglaterra e as restrições em outras regiões britânicas provocaram uma nova queda do PIB de 2,3%.

O fechamento de bares, restaurantes, hotéis e outros serviços, assim como a paralisação de empresas vinculadas aos setores de arte e entretenimento, teve um peso negativo importante na economia.

As compras de Natal e a flexibilização de parte das restrições no início de dezembro conseguiram estimular levemente a economia e o setor de bens e serviços, embora as restrições tenham retornado na segunda metade do mês e, com elas, as cifras negativas.

"Apesar de alguns sinais importantes da capacidade de resistência da economia durante o inverno, vemos que o confinamento atual", que continuou em janeiro e fevereiro e ao qual se uniu o fechamento das escolas, "continua a ter um impacto significativo em muitas pessoas e em muitas empresas", disse o ministro britânico das Finanças, Rishi Sunak, em um comunicado.

O ministro afirmou que no início de março vai anunciar medidas para apoiar o emprego e a economia "na próxima fase da pandemia".