Candidata comercial dos EUA assegura que Biden apoia uso de tarifas
Washington, 25 Fev 2021 (AFP) - O governo do presidente Joe Biden considera as tarifas uma valiosa ferramenta política, anunciou a candidata a Representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, aos legisladores em sua audiência de confirmação nesta quinta-feira (25).
"As tarifas são uma parte muito importante de nossa caixa de ferramentas para soluções comerciais justas", informou Tai ao Comitê de Finanças do Senado, sugerindo que a nova equipe americana de política comercial não planeja uma reviravolta completa frente à linha dura do ex-presidente Donald Trump.
Tai, que também fez eco do compromisso do governo Biden com os órgãos multilaterais, reafirmou seu apoio à manutenção das tarifas do governo Trump sobre aço e alumínio importados e prometeu força contra a China.
"Temos que reconhecer que temos (...) um problema de mercado global muito importante nos setores de aço e alumínio que é causado principalmente pelo excesso de capacidade da China", afirmou Tai.
"Mas não é apenas um problema da China", acrescentou.
Tai informou que trabalhará para garantir que a China cumpra seus compromissos no acordo comercial entre Pequim e Washington de janeiro de 2020.
No entanto, ela observou ser a favor de uma "revisão holística sobre a China" e da estratégia dos EUA em relação ao país asiático.
Diante de uma China ambiciosa, os Estados Unidos precisam de um "plano estratégico e coerente" para competir com o modelo econômico chinês onde o Estado é onipresente.
Tai, que fala mandarim fluentemente e é filha de pais chineses e foi criada em Taiwan, afirmou que diante do domínio chinês na fabricação de bens essenciais como os semi-condutores, que atualmente estão no centro de todas as atenções por causa da escassez global que afeta em em particular o setor automotivo, o governo Biden administrará "mais estrategicamente" as cadeias de abastecimento dos EUA.
A nomeada por Biden declarou que priorizará a implementação do acordo comercial EUA-México-Canadá, que ajudou a renegociar em 2019, quando era assessora do comitê da Câmara que tratava do assunto.
Tai também observou que os Estados Unidos foram membros fundadores da Organização Mundial do Comércio, instituição fortemente atingida pelo governo Trump.
"Precisamos ter negociações duras em Genebra (sede da OMC) de forma construtiva" para fortalecer a organização, argumentou.
Ela expressou sua disposição de acabar com o antigo conflito entre os Estados Unidos e a União Europeia sobre os subsídios ao setor aeronáutico, que resultou em taxas recíprocas.
Os Estados Unidos e a UE devem "se unir para encontrar uma resposta" ao velho litígio entre a Boeing e a Airbus, acrescentou.
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