Paulo Guedes pede acesso igualitário à vacinas em reunião do FMI
Washington, 8 Abr 2021 (AFP) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta quinta-feira (8) à comunidade internacional que garanta um melhor acesso às vacinas contra a covid-19 e apelou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para dar mais apoio aos seus membros mais vulneráveis à crise pandêmica.
Guedes levantou as duas questões ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional do FMI (CMFI), órgão de formulação de políticas do organismo multilateral, que se reuniu nesta quinta-feira em formato virtual no âmbito das reuniões de primavera do Fundo e do Banco Mundial que estão sendo realizadas nesta semana.
"Diferentes taxas de vacinação aumentam as assimetrias entre os países, e os países em desenvolvimento, especialmente os de baixa renda, enfrentam desafios maiores", afirmou Guedes, pedindo cooperação internacional "para garantir que as vacinas estejam adequadamente disponíveis em todos os países".
"Apelamos aos setores público e privado, bem como às organizações multilaterais e à cooperação bilateral, para ajudar a fechar as lacunas de financiamento e distribuição, inclusive por meio do incentivo à transferência de tecnologia e concessão de licenças voluntárias de propriedade intelectual", ressaltou.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, criticou repetidamente os países ricos por acumular doses de vacinas enquanto os países mais pobres aguardam suas primeiras doses.
Em todo o mundo, mais de 712 milhões de doses de vacinas anticovid foram aplicadas em ao menos 195 países ou territórios, de acordo com uma contagem da AFP. No entanto, a OMS declarou que apenas 2% desse total foram inoculadas na África.
Em sua declaração ao CMFI, Guedes também destacou que o FMI deve "fazer mais" para atender às necessidades de seus membros mais vulneráveis, e propôs o aumento do nível de apoio aos países elegíveis para o Fundo Fiduciário para o Crescimento e Combate à Pobreza (FFCLP).
"Estamos abertos a considerar um pacote de financiamento abrangente, no qual as contribuições dos doadores seriam complementadas por mecanismos para mobilizar os recursos próprios do Fundo, incluindo a promoção de uma nova rodada de vendas de ouro", explicou.
Entre os membros mais vulneráveis dos 190 países-membros que compõem o FMI, Guedes apontou os países de pequena e média renda, que, segundo ele, tendem a não acessar facilmente os mercados de capitais internacionais, têm capacidade técnica limitada e "são particularmente suscetíveis a desastres naturais, que se tornaram mais frequentes e intensos com as mudanças climáticas".
ad/gma/bn/am
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