Banco do Vaticano mantém lucros em 2020, apesar da pandemia
Cidade do Vaticano, 11 Jun 2021 (AFP) - O Instituto para as Obras de Religião (IOR), mais conhecido como o Banco do Vaticano, anunciou nesta sexta-feira (11) que manteve seus lucros quase estáveis em 2020 apesar da pandemia, muito prejudicial para as finanças da Santa Sé.
O lucro em 2020 alcançou os 36,4 milhões de euros (44,2 milhões de dólares) contra 38 milhões de euros no ano anterior, informou o banco em um comunicado.
Do total dos lucros, 75% foi destinado ao papa Francisco e a outras entidades específicas da Santa Sé, e o resto foi reinvestido em posições financeiras.
O Banco do Vaticano socorreu a Santa Sé em um ano sombrio para suas finanças: as doações de fiéis e diocese caíram 25% e a renda dos Museus do Vaticano sofreram um prejuízo líquido de 85%.
Segundo a informação obtida por um alto responsável do Vaticano, suas contas registraram um déficit "da ordem de 90 milhões de euros" (109,3 milhões de dólares) contra os 11 milhões de euros em 2019.
O IOR, um banco com estatuto único que afirma trabalhar em 112 países, só aceita clientes com um vínculo estreito com a Santa Sé e a Igreja como trabalhadores do Vaticano, religiosos ou congregações e instituições católicas.
No final de 2020, gerenciava cerca de 5 bilhões de euros (6 bilhões de dólares) em depósitos de clientes e administrava uma carteira de ativos de 649,9 milhões de euros (790 milhõs de dólares).
No passado, este banco foi abalado por escândalos e foi acusado de ter sido usado pela máfia, antes de uma grande limpeza interna iniciada pelo papa Bento XVI e continuada pelo seu sucessor Francisco.
O processo terminou no final de 2015 com o fechamento de quase 5.000 contas.
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