Começa julgamento de consultoria alemã por queda da barragem de Brumadinho (MG)
O julgamento contra a consultoria alemã TÜV SÜD, acusada de ter falsificado o certificado da barragem de mineração de Brumadinho, no Brasil, que rachou em 2019 causando 270 mortos, começou hoje em Munique, no sul da Alemanha.
Na ação, de natureza administrativa, os advogados do município de Brumadinho e de 1.200 vítimas reclamam indenização por danos e prejuízos da empresa alemã.
A consultoria é acusada de ter falsificado documentos para certificar a segurança da barragem, localizada próximo ao município de Brumadinho, de 40 mil habitantes.
Em janeiro de 2019, a queda do muro matou 270 pessoas, devastou a cidade e liberou uma torrente de lama que varreu a região, causando um grande desastre ambiental.
A investigação realizada no Brasil revelou que o certificado de segurança, emitido pela empresa TÜV SÜD, continha informações falsas.
Segundo as autoridades, a barragem não atendia às normas internacionais de segurança. O grupo alemão rejeita essas acusações.
A TÜV SÜD "deve assumir na Alemanha o que fez a milhares de quilômetros de distância", disse em nota Pedro Martins, advogado da PGMBM, que representa o município de Brumadinho.
Seu escritório afirma que tem "provas que demonstram que a TÜV SÜD certificou que essa barragem era segura, embora não fosse".
"É um fato que eles sabiam, mas ignoraram", acrescentou.
No início de 2021, a mineradora Vale, responsável pela barragem, concordou em pagar 7 bilhões de dólares (6 bilhões de euros) para remediar as consequências sociais e ambientais do rompimento da barragem. Desse montante, 1,7 bilhão de dólares foi diretamente para as pessoas afetadas.
A Justiça brasileira também abriu um processo criminal contra vários funcionários e administradores da TÜV SÜD e da Vale.
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