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Grupo News Corp, que publica The Wall Street Journal, é alvo de ciberataque

Prédio da News Corporation no centro de Manhattan, em Nova York, em 27 de fevereiro de 2018 - LUCAS JACKSON/REUTERS
Prédio da News Corporation no centro de Manhattan, em Nova York, em 27 de fevereiro de 2018 Imagem: LUCAS JACKSON/REUTERS

04/02/2022 12h59Atualizada em 04/02/2022 17h22

O grupo de mídia americano News Corp, que publica The Wall Street Journal e os jornais britânicos The Times e The Sun, disse nesta sexta-feira (4) que foi alvo de um ciberataque em janeiro, o qual teria sido cometido por espiões chineses.

Em documento apresentado na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a News Corp relatou que o alvo foi a plataforma de um de seus provedores terceirizados, os quais oferecem soluções tecnológicas para vários de seus veículos e departamentos.

"A empresa está fazendo uma investigação para conhecer as circunstâncias desta operação e determinar sua natureza, alcance, duração e impactos", informou o grupo fundado pelo bilionário e magnata de mídia Rupert Murdoch.

Ele destacou que os dados financeiros e os de seus clientes não foram visivelmente afetados e que o ataque já havia sido controlado.

A empresa de cibersegurança Mandiant confirmou à AFP que foi contratada pela News Corp para esclarecer o incidente e citou a China, claramente, como principal suspeita.

"A Mandiant avalia que os atores por trás desta operação têm conexões com a China e acreditamos que provavelmente estejam envolvidos em atividades de espionagem destinadas a obter informações de Inteligência para em proveito dos interesses chineses", afirmou o vice-presidente da Mandiant, David Wong.

Há anos, Washington suspeita de que a China esteja lançando ataques cibernéticos contra empresas, organizações e agências do governo americano. Pequim rejeita as acusações.

Na terça-feira, o diretor do FBI (a Polícia Federal americana), Christopher Wray, disse que sua agência trabalha em mais de 2.000 investigações.

"O governo chinês tenta roubar informações, ou tecnologia, de nós", disse ele, acrescentando que um novo caso de contraespionagem referente à China é aberto, em média, duas vezes por dia.

Os Estados Unidos acusaram a China, por exemplo, de ser responsável pela invasão em massa dos serviços de mensagens Exchange, da Microsoft, em março de 2021. Pequim reagiu à época, dizendo se tratar de acusações "infundadas".