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Polônia e Bulgária começam a receber gás de vizinhos da UE após corte russo

27/04/2022 19h51

Bruxelas, 27 Abr 2022 (AFP) - Polônia e Bulgária estão recebendo gás de seus vizinhos da União Europeia depois que a gigante energética russa Gazprom cortou seu fornecimento, informou nesta quarta-feira (27) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"Vamos nos assegurar de que a decisão da Gazprom tenha o menor impacto possível nos consumidores europeus", disse Von der Leyen.

"Hoje o Kremlin falhou uma vez mais em sua tentativa de semear divisão entre os Estados-membros. O fim da era dos combustíveis fósseis russos na Europa está próximo", acrescentou.

A Gazprom anunciou nesta quarta a suspensão do envio de gás para a Polônia e a Bulgária (dois países muito dependentes do gás russo) depois de não ter recebido o pagamento em rublos dos dois países-membros da UE.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse em março que seu país só aceitaria o pagamento por suas remessas em moeda nacional, em resposta às sanções adotadas para punir a ofensiva do Kremlin na Ucrânia.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse nesta quarta no Chile que os 27 países do bloco enfrentarão "de forma conjunta e solidária" ao corte de abastecimento de gás russo a Polônia e Bulgária.

"Já sabíamos que tínhamos que diminuir essa dependência do gás e do petróleo russo e o que a Rússia faz agora não é, nem mais, nem menos, que nos espoliar para fazer isto mais rápido ainda", disse Borrell durante coletiva de imprensa com o presidente Gabriel Boric.

"Temos meios para fazer frente e o faremos de uma forma conjunta e solidária. Os europeus podem estar certos disso", acrescentou.

Ele enfatizou que "o que a Rússia faz hoje é tornar a dependência em um ato de agressão", após efetivar o corte de gás a Polônia e Bulgária nesta quarta-feira.

Von der Leyen, por sua vez, advertiu os importadores de gás russo na UE que, a menos que um contrato estivesse redigido para ser pago em rublos, ceder às demandas do Kremlin e pagar em moeda russa seria contrariar as sanções.

Também explicou que "cerca de 97%" dos contratos da UE estipulam explicitamente seu pagamento em euros ou dólares.

Altos funcionários afirmaram que os ministros de Energia da União se reuniriam na próxima segunda-feira para abordar a situação.

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