Wall Street encerra semana e mês em forte queda
Nova York, 29 Abr 2022 (AFP) - A bolsa de Nova York encerrou a semana em forte queda, apagando de uma vez a forte recuperação da quinta-feira e encerrando o mês de abril no vermelho, puxada pelo setor tecnológico.
O Dow Jones recuou 2,77% a 32.977,21 pontos, o tecnológico Nasdaq caiu 4,17% a 12.334,64 unidades e o S&P 500 3,63% a 4.131,93 puntos.
No mês de abril, o Dow Jones recuou quase 5%. O Nasdaq, enquanto isso, caiu 13% e está em seu menor nível em um ano.
O S&P 500, mais representativo da tendência geral do mercado, com uma queda de quase 9% em abril, registra seu pior mês desde o início da pandemia.
"Há uma ampla variedade de ventos contra os mercados, entre os quais (conta-se) um ciclo de ajustes (monetário) agressivo esperado pela Fed, também os confinamentos na China, pressões inflacionárias persistentes, um aumento das taxas obrigatórias e a recente alta do dólar americano", destacam os analistas da Schwab.
"Não acho que isto tenha realmente a ver com as notícias macroeconômicas. Trata-se, ao contrário, dos maus resultados de empresas como Amazon ou Apple, que pesam no resto do mercado", discordou Peter Cardillo, da Spartan Capital.
A Amazon, uma das maiores capitalizações em bolsa do Nasdaq, perdeu 14,05% a 2.485,63 dólares por ação, depois que o grupo de Jeff Bezos teve seu primeiro déficit trimestral desde 2015.
A cifra se deve sobretudo à revisão para baixo do valor de seu investimento no fabricante de carros elétricos Rivian, mas o gigante do comércio eletrônico também vê ceder suas vendas pela inflação e reduziu as previsões para o próximo trimestre.
A Apple, que nesta quinta-feira após o fechamento anunciou vendas recorde de iPhones no primeiro trimestre do ano, teme que os confinamentos na China e a suspensão de suas atividades na Rússia afetem seus resultados futuros e perdeu 3,66% a 157,65 dólares.
Inclusive o Facebook (Meta), que fechou na quinta-feira em alta de 17% após resultados melhores do que o esperado, caiu nesta sexta 2,23% a 193 dólares, um valor que se situa ao redor de 30% abaixo de seu máximo de 2021.
As notícias macroeconômicas positivas sobre gastos de consumo e confiança dos consumidores não alcançaram para sustentar os índices.
A inflação, enquanto isso, chegou a 6,6% em 12 meses até março nos Estados Unidos e os preços subiram 0,9% entre fevereiro e o mês passado, segundo o índice PCE publicado nesta sexta-feira pelo Departamento do Comércio.
Este indicador, que é o usado pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), se mantém assim em níveis máximos em 40 anos.
O Fed manterá sua reunião de política monetária nas próximas terça e quarta-feiras, após a qual se espera um novo aumento das taxas de juros para conter a espiral inflacionária.
Os mercados esperam um aumento das taxas de meio ponto percentual.
vmt/jum/mr/mvv
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.