Rússia diz estar 'disposta' a garantir segurança de navios em portos ucranianos
A Rússia está "disposta" a garantir, em cooperação com a Turquia, a segurança dos navios com cereais que zarpam dos portos ucranianos, afirmou nesta quarta-feira (8) o ministro das Relações Exteriores de Moscou, Serguei Lavrov.
"Estamos dispostos a garantir a segurança dos navios que saem dos portos ucranianos... em cooperação com nossos colegas turcos", disse Lavrov em uma entrevista coletiva com o chanceler da Turquia, Mevlut Cavusoglu.
Lavrov chegou na terça-feira à noite a Ancara para abordar a criação de corredores marítimos que facilitem a exportação de cereais. A Ucrânia é o quarto maior exportador mundial de milho e estava a ponto de virar, antes da guerra, o terceiro maior exportador mundial de trigo.
O conflito iniciado em 24 de fevereiro provocou a disparada dos preços e deixou vários países, em particular na África e Oriente Médio, à beira da fome.
O chanceler acrescentou que Moscou não se aproveitará da situação para avançar sua "operação militar especial" desde que a Ucrânia também permita que os navios deixem o porto em segurança.
"Estas são garantias do presidente da Rússia", disse Lavrov.
A pedido da ONU, a Turquia propôs ajuda para escoltar as embarcações.
Para Cavusoglu, "o plano da ONU é razoável e factível". "Ucrânia e Rússia deveriam aceitar", disse.
O ministro turco disse ainda que seria "legítimo" retirar as sanções contra as exportações agrícolas russas.
"Se devemos abrir o mercado internacional ucraniano, pensamos que é legítimo retirar os obstáculos às exportações russas", disse Cavusoglu.
Antes da guerra, a Ucrânia exportava a cada mês 12% do trigo, 15% do milho e 50% do óleo de girassol do mundo.
"Neste momento temos entre 20 e 25 toneladas bloqueadas. No outono (hemisfério norte, primavera no Brasil), poderíamos alcançar entre 70 e 75 milhões de toneladas", advertiu na segunda-feira o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
O ministro turco da Agricultura, Vahit Kirisci, disse que a "Ucrânia está protegendo atualmente seus portos comerciais com minas" e teme ser "atacada peça Rússia" se retirar as armas.
*Com informações de Reuters
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