Wall Street fecha em queda, afetada pela inflação nos EUA
Nova York, 14 Jul 2022 (AFP) - A bolsa de Nova York fechou em queda nesta quarta-feira (13), prejudicada pela aceleração da inflação nos Estados Unidos, mas conseguiu limitar suas perdas com a ideia de que o banco central americano (Fed) está pronto para ser mais agressivo contra o aumento de preços.
O Dow Jones fechou em queda de 0,67%; enquanto o índice Nasdaq, de forte composição tecnológica, perdeu 0,15%; e o índice composto S&P 500, das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, recuou 0,45%.
O índice de preços ao consumidor (CPI) alcançou 9,1% em junho a doze meses, ou seja, mais do que os 8,8% esperados pelos economistas. É o percentual mais elevado desde novembro de 1981.
A surpresa da inflação está em grande parte ligada à alta dos preços da gasolina (+11,2% em relação ao mês passado). Mas os economistas destacaram igualmente que a inflação subjacente, ou seja, as áreas fora da energia e da alimentação, era mais alta do que o previsto.
"A inflação está enraizada e é exatamente o que inquieta a maioria dos investidores e dos banqueiros centrais", explicou Jeffrey Roach, da LPL Financial.
A cifra "é feia, não há dúvida", comentou Cliff Hodge, da Conerstone Wealth. "O Fed não tem opção e deve se mostrar ainda mais agressivo, o que aumenta a possibilidade de uma recessão no próximo ano".
"Atualmente, o mercado quer que o Fed aja o mais rápido e o mais forte possível", disse Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.
"Se as cifras da inflação são muito altos, enquanto a economia continua se comportando bem, o Fed será agressivo e rápido vamos virar a página dos aumentos das taxas", acrescentou. "É por isso que o mercado não desaba".
Segundo o analista, atualmente "o único risco para a economia é a inflação, que quebra o consumo, cortando o poder aquisitivo".
As taxas dos bônus obrigatórios se recuperaram inicialmente após a publicação do índice de inflação (CPI), mas inverteram a tendência. O rendimento dos bônus americanos a dez anos situaram-se em 2,92%, contra 2,96% da véspera.
Da mesma forma, depois de divulgado o dado da inflação, o dólar superou, pela primeira vez desde 2002, o euro, a 0,9998 dólares por euro.
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