Wall Street fecha em queda por medo de uma recessão
A bolsa de Nova York fechou em queda nesta sexta-feira (16), alcançando um valor mínimo em dois meses, sobressaltada pela advertência da FedEx sobre seus resultados e a perspectivas de fortes altas das taxas de juros.
O Dow Jones fechou em queda de 0,45% a 30.822,43 pontos, o tecnológico Nasdaq recuou 0,90% a 11.448,40 unidades, e o índice S&P 500 perdeu 0,72% a 3.873,33.
Desde o começo do ano, o S&P 500 acumula perdas de 19%.
"Os mercados continuam nervosos", comentaram os analistas da Schwab em nota. Este estado foi "exacerbado pelo panorama abominável descrito pela FedEx".
A empresa de entregas publicou na quinta-feira, após o fechamento de Wall Street e de forma antecipada, resultados inferiores aos esperados, e seu papel caiu 21,39% a 161,04 dólares.
Seu diretor-geral, Raj Subramaniam, apontou uma deterioração do ambiente macroeconômico ao final do trimestre contábil, encerrado no fim de agosto. "Observamos uma queda dos volumes em todos os segmentos no mundo todo", afirmou o executivo, em entrevista à CNBC.
Ele disse, ainda, que espera que a economia mundial entre em breve em recessão. Em meio a esta incerteza, o grupo não vai apresentar suas previsões anuais.
"A advertência da FedEx foi um fator maior hoje", explicou Tom Cahill, do Ventura Wealth Management.
Além disso, "a tendência dos dados (econômicos) vai em má direção", acrescentou o especialista. "Parece que os consumidores começaram a se segurar", concluiu.
O PIB representa dois terços do PIB dos Estados Unidos, uma proporção consideravelmente mais alta do que nos outros países desenvolvidos.
O índice de confiança, publicado na sexta-feira pela Universidade de Michigan, não ajudou a melhorar o humor dos operadores. Apesar de mostrar uma alta em relação a agosto, foi inferior ao esperado pelos analistas.
O mercado espera que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) aprofunde o ajuste das taxas de juros que vem fazendo para conter a inflação. O aumento das taxas de juros tende a esfriar a economia, ao encarecer o crédito para o consumo e o investimento.
As tecnológicas são especialmente sensíveis a esta situação e várias grandes capitalizações do setor caíram nesta sexta-feira ao seu nível mais baixo do ano, como Alphabet (-0,26%) e Meta (-2,18%).
O Fed vai se reunir na semana que vem para decidir sobre as taxas de juros.
Alguns valores considerados "defensivos", menos sensíveis à conjuntura, conseguiram se manter à tona nesta sexta, como Comcast (+1,53%), McDonald's (+0,57%), Johnson and Johnson (+1,53%) e Merck (+1,12%).
tu/eb/mr/ag/mvv
© Agence France-Presse
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