'Sinais de recessão aumentam na Alemanha', diz Bundesbank
A Alemanha entrou em uma fase de "queda líquida, generalizada e duradoura" da economia - avaliou o Bundesbank, o Banco Central alemão, observando que "os sinais de recessão estão aumentando".
Isso se deve, principalmente, às "condições gerais de oferta econômica - em particular, o fornecimento de energia - que se deterioraram consideravelmente como consequência da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia", afirma o órgão monetário em seu boletim mensal publicado na segunda-feira (19).
Tanto a inflação, que continua em alta - quase 8% ao ano em agosto - quanto a incerteza sobre o abastecimento de energia e seus custos afetarão os setores "energéticos" que dependem, sobretudo, do gás, prejudicando suas exportações e investimentos, "mas também o consumo privado e os prestadores de serviços dependentes de energia", diz o Bundesbank.
Devido à interrupção das entregas de gás russo à Alemanha, do qual o país dependia em 55% antes da guerra na Ucrânia, a situação do abastecimento para esta energia fóssil "será extremamente tensa nos próximos meses", adverte o Bundesbank.
A instituição monetária prevê que, após uma alta modesta de 0,1% no segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) alemão recuará "sensivelmente no quarto trimestre" e, "provavelmente, no primeiro trimestre do ano que vem".
Quando há dois trimestres consecutivos de queda do PIB, considera-se que se trata de um quadro de recessão técnica.
O presidente do Banco Central alemão, Joachim Nagel, antecipou uma previsão similar ao início de setembro, considerando "possível uma queda em recessão no final do ano e no início de 2023".
jpl/smk/er/aoc/mb/tt
© Agence France-Presse
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