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Wall Street fecha em queda e registra seu nível mais baixo no ano

30/09/2022 18h00

A bolsa de Nova York fechou em queda nesta sexta-feira (30) com seus três principais índices registrando os níveis mais baixos do ano no encerramento da sessão, um final ruim para um mês de setembro marcado pelo temor de uma recessão devido ao aumento das taxas básicas de juros.

O Dow Jones recuou 1,70%, ao seu menor nível no fechamento desde novembro de 2020, com 28.725,50 pontos. Enquanto isso, o tecnológico Nasdaq perdeu 1,51% a 10.575,61 unidades, e o S&P 500, 1,48% a 3.585,62.

"Os meses de setembro são frequentemente ruins para as ações", lembrou Christopher Vecchio, da DailyFX.

"Desde meados de agosto, a movimentação foi unidirecional, para baixo, com exceção de uma recuperação pela esperança de uma mudança de rumo do Fed", o banco central americano, que desapareceu rapidamente, afirmou Edward Moya, da Oanda.

A temperatura polar que reinava nos mercados há várias semanas caiu ainda mais nesta sexta, após a publicação do índice de preços PCE, o mais seguido pelo Fed para avaliar a inflação.

Em 12 meses até agosto, a inflação acumulou 6,2%, acima dos 6% previstos pelos analistas, mas abaixo do mês anterior, quando alcançou 6,4%.

Este informe "dá apoio à postura agressiva do Fed" no tema das taxas de juros, disse Sam Millette, da Commonwealth Financial Network.

- Setembro negro -

Os rendimentos dos bônus do Tesouro subiram sutilmente, um movimento que alimenta a angústia dos operadores, que os veem subir sem controle há semanas.

Os papéis do Tesouro a dez anos ficaram com taxas de 3,81% contra 3,78% na quinta.

Os investidores observaram de qualquer forma que as expectativas de inflação dos consumidores, consultados pela Universidade de Michigan para seu relatório anual de confiança na economia, mostraram uma moderação, situando-se em 2,7% dentro de cinco ou dez anos. Trata-se do menor percentual desde abril de 2021.

Somaram-se para os resultados do dia as transações de fim de mês e trimestre. Muitos investidores institucionais fizeram ajustes de carteira, em geral desfavoráveis às ações.

Os valores tecnológicos voltaram a ser castigados, a começar pela Apple (-3,00% a 138,20 dólares). A maior capitalização em bolsa de Wall Street perdei quase 9% em três dias, afetada por uma revisão para baixo de suas previsões de venda de iPhones no segundo semestre.

tu/eb/mr/mvv

© Agence France-Presse