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Alemanha fecha acordo com Catar e reduz dependência do gás russo

Em foto de arquivo, a refinaria de Schwedt, na Alemanha, que recebe petróleo da Rússia e é a principal fornecedora de combustível para Berlim - HANNIBAL HANSCHKE/REUTERS
Em foto de arquivo, a refinaria de Schwedt, na Alemanha, que recebe petróleo da Rússia e é a principal fornecedora de combustível para Berlim Imagem: HANNIBAL HANSCHKE/REUTERS

29/11/2022 08h23Atualizada em 29/11/2022 09h03

O Catar anunciou nesta terça-feira (29) um acordo que permitirá fornecer gás natural liquefeito (GNL) para a Alemanha durante 15 anos, em plena crise mundial energética causada pela guerra na Ucrânia.

Este acordo, fechado entre a Qatar Energy e a empresa americana ConocoPhilips, contribuirá "aos esforços para apoiar a segurança energética na Alemanha e na Europa", declarou o ministro de Energia do Catar, Saad Sherida Al-Kaabi, em coletiva de imprensa.

O gás será adquirido por meio da ConocoPhillips, sócia da Qatar Energy há muito tempo, e será enviado ao novo terminal que a Alemanha está finalizando em Brunsbuntell (norte).

Conforme este acordo, o país do Golfo fornecerá a partir de 2026 "até dois milhões de toneladas de GNL por ano", destacou o ministro.

A Ásia, principalmente China, Japão e Coreia do Sul, é o principal mercado para o gás do Catar.

Mas agora o reino está na mira dos países europeus, que buscam novos fornecedores energéticos desde a invasão russa da Ucrânia.

As negociações são difíceis porque os países europeus se recusam a assinar contratos de longa duração, como os que Doha fecha com seus clientes asiáticos.

Na semana passada, o Catar fechou um acordo de fornecimento com a China de 27 anos de duração, um recorde no setor.