Argentina amplia transações comerciais com a China para fortalecer reservas
O governo argentino estabeleceu um acordo com a China para fortalecer as reservas do Banco Central por meio da ampliação de uma troca de moedas pelo equivalente a 6,5 bilhões de dólares (32,7 bilhões de reais na cotação atual), anunciou o presidente Alberto Fernández nesta quarta-feira (18).
A China "ampliou o uso do swap (troca de moedas) que já tínhamos concedido, havíamos solicitado 5 bilhões de dólares (25 bilhões de reais) e nos concederam 6,5 bilhões de dólares, o que representa um grande alívio para a Argentina", disse Fernández à Radio10, na China, onde está em visita oficial.
As reservas do Banco Central são de 24,9 bilhões de dólares (125 bilhões de reais), de acordo com o balanço oficial divulgado na terça-feira, mas as reservas líquidas são negativas em cerca de 5 bilhões de dólares, segundo analistas.
O fortalecimento das reservas é vital para a Argentina, em um cenário de grande volatilidade com uma corrida contra o peso que levou o preço do dólar 'blue' (ou paralelo) a romper a barreira psicológica de 1.000 pesos por dólar, quando é negociado a 365 pesos no mercado oficial.
"Acabamos de concluir uma reunião muito boa com o presidente Xi Jinping. Apresentamos a ele os nossos problemas e mais uma vez o governo chinês respondeu aos nossos pedidos e nos deu uma ajuda muito importante", acrescentou Fernández.
O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, é o candidato à presidência do partido governista União pela Pátria, mas o favorito, segundo as pesquisas, é o economista e deputado libertário Javier Milei, que propõe a dolarização da economia.
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© Agence France-Presse
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