Wall Street fecha em alta, encorajada pela queda de rendimento dos títulos dos EUA

A bolsa de valores de Nova York fechou em alta nesta sexta-feira (1º) impulsionada pela queda de rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, em um mercado que espera um corte nas taxas de juros pelo banco central americano no primeiro trimestre de 2024.

O índice Dow Jones ganhou 0,82%, enquanto o Nasdaq - voltado para a tecnologia - subiu 0,55%, e o amplo S&P 500, 0,59%.

Embora tenham começado em baixa, os principais índices de Wall Street se recuperaram durante o dia, permitindo que o S&P 500 fechasse positivo pela quinta semana consecutiva.

"É uma combinação de fatores", explicou Sam Stovall, da CFRA, ao se referir à mudança de tendência. "Mas é sobretudo devido à contínua queda das taxas de juros obrigatórias", resumiu.

O rendimento dos títulos do Tesouro com vencimento em dois anos, considerados os mais representativos das expectativas do mercado em relação à política monetária, caíram para 4,53%, em comparação com 4,68% no fechamento de quinta-feira. Trata-se de um mínimo em cinco meses e meio.

Os operadores do mercado esperam um primeiro corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) em março, por conta dos sinais cada vez mais evidentes de desaceleração econômica nos Estados Unidos em um contexto de retração da inflação.

Nesta sexta-feira, o índice ISM mostrou uma contração da atividade na indústria manufatureira.

As declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, não repercutiram em Wall Street.

Ainda é "prematuro" especular sobre cortes nas taxas de juros pelo Fed, apesar dos recentes avanços na inflação, disse Powell nesta sexta.

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O Fed tem uma meta de inflação anual de 2%. E seu presidente afirmou que o banco central continuará lutando contra esse problema até atingir sua meta.

"Seria prematuro concluir com certeza que atingimos um nível suficientemente restritivo ou especular sobre quando a política [monetária] será flexibilizada", disse Powell em uma conferência em Atlanta.

Sam Stovall lembrou que, historicamente, as ações tendem a se sair bem nos períodos que vão do final de um ciclo de aperto até o primeiro corte nos juros.

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© Agence France-Presse

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