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Maior acionista da TIM descarta vender participação para fundo dos EUA

Grupo francês Vivendi ainda disse que a oferta da KKR "não espelha o real valor" da TIM - Divulgação/TIM
Grupo francês Vivendi ainda disse que a oferta da KKR 'não espelha o real valor' da TIM Imagem: Divulgação/TIM

Em Roma (Itália)

23/11/2021 10h21Atualizada em 23/11/2021 14h31

O grupo francês Vivendi, maior acionista da TIM, afirmou hoje que não tem intenção de se desfazer da participação que tem na empresa italiana, que está na mira da gestora de investimentos americana KKR.

"A Vivendi é uma investidora de longo prazo na TIM e não pretende se desfazer de sua própria cota", disse um porta-voz da companhia, reiterando a "vontade de colaborar com as autoridades e instituições italianas para o sucesso" da TIM.

Além disso, o grupo francês destacou que a oferta da KKR não "espelha o real valor" da operadora italiana. A proposta da gestora americana é de 0,505 euro por ação, o que totalizaria 11 bilhões de euros por 100% da TIM.

A oferta estaria sujeita a uma adesão mínima de 51% do capital social da operadora, o que dispensaria a necessidade de um aval da Vivendi, que detém quase 24% das ações.

O governo, no entanto, é dono de uma fatia de quase 10% por meio do banco de investimentos CDP (Cassa Depositi e Prestiti) e tem poder de veto.

O Ministério da Economia da Itália, controlador da CDP, disse que o "interesse dos investidores em importantes empresas" nacionais é uma "notícia positiva para o país", mas garantiu que acompanhará "com atenção" o desenvolvimento da oferta.

"O objetivo do governo é assegurar que esses projetos sejam compatíveis com a rápida conclusão da conexão com banda ultralarga e com a proteção dos empregos", afirmou o Ministério da Economia.

Diversos sindicatos e políticos já se manifestaram sobre a oferta da KKR e pediram que o governo evite o fatiamento da TIM, proteja os trabalhadores da operadora e não abra mão da infraestrutura de rede.

"O mercado que faça a sua parte nos serviços, somos liberais, mas a rede deve ficar nas mãos do Estado", disse o coordenador nacional do partido de direita Força Itália, Antonio Tajani.