No Reino Unido, tempestades provocam escassez de biscoitos
No final de 2015, violentas tempestades de inverno atingiram o norte da Inglaterra, provocando prejuízos calculados em mais de R$ 20 bilhões e deixando centenas de pessoas desabrigadas - felizmente, o número de mortes não chegou a dois dígitos.
A catástrofe, porém, também causou transtornos inesperados: entre as muitas casas e edifícios atingidos estavam as instalações da McVitie's, o principal fabricante de biscoitos Reino Unido - um produto que os britânicos consomem à razão de 34 mil toneladas por mês, especialmente como acompanhamento para uma xícara de chá.
Os fornos da fábrica, por exemplo, foram submersos.
Leia também: #ViajoSozinha: Como a morte de duas turistas argentinas levou a debate sobre assédioAs instalações da McVitie's, na cidade de Carlisle, perto da fronteira com a Escócia, ainda estão passando por reparos e os biscoitos há meses vem rareando nas prateleiras dos supermercados. Recentemente, a empresa que controla a McVitie's (United Biscuits), anunciou que março marcará o retorno dosginger nuts , populares biscoitos doces de gengibre. Mas um porta-voz da empresa disse à BBC que a fábrica só conseguirá voltar a algo próximo da produção normal no final de abril.
"Gostaríamos de pedir desculpas aos consumidores que estão passando por dificuldades para encontrar nossos produtos. Estamos trabalhando duro para normalizar a produção o mais rápido possível", disse a empresa em um comunicado.
No mês passado, a United Biscuits até publicou anúncios em jornais explicando a extensão do problema. Tentou fazer piada, ligando a inundação ao hábito de os britânicos mergulharem biscoitos no chá.
Leia também: 'Rezei para meu filho morrer': Mãe de atirador de Columbine relembra tragédiaPouca gente riu e alguns supermercados temem não contar com estoques suficientes para aguardar o retorno da produção.
Nas mídias sociais, britânicos compartilharam fotos de prateleiras vazias e dicas de onde encontrar biscoitos.
Houve até um intenso debate sobre o problema ético das chamadas "compras de pânico", em que consumidores levam quantidades de um produto maiores que o normal como forma de se prevenir de uma escassez - algo normalmente visto em supermercados americanos antes de furacões ou nevascas.
Em 2005, a fábrica também foi inundada e precisou pedir ajuda financeira ao governo britânico para voltar a operar.
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