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Quem é a primeira mulher de um país emergente a liderar o FMI

Kristalina Georgieva (esq.) substitui Christine Lagarde (dir.) como dirigente do FMI - AFP
Kristalina Georgieva (esq.) substitui Christine Lagarde (dir.) como dirigente do FMI Imagem: AFP

26/09/2019 12h17

A nova diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) será a economista búlgara Kristalina Georgieva, antes diretora-executiva do Banco Mundial.

Primeira pessoa de um país emergente a liderar o FMI, ela entra no lugar de Christine Lagarde, que está deixando o cargo para liderar o Banco Central Europeu.

Quem é ela?

Georgieva tem 66 anos e é filha de um engenheiro civil. Ela estudou política econômica e sociologia no Instituto de Economia Karl Marx em Sofia, na Bulgária, quando o país ainda estava sob um governo comunista.

Depois de se formar em 1976, ela estudou na London School of Economics (LSE), no Reino Unido.

Desde então, se destacou no Banco Mundial e na Comissão Europeia, tendo ocupado cargos relevantes nessas instituições.

Ela foi responsável pelo orçamento da União Europeia antes de deixar a instituição e entrar no Banco Mundial, em janeiro de 2017.

Tradicionalmente, desde que o FMI foi criado, em 1945, seu mais alto dirigente é europeu.

Tempos atrás, ela não poderia ser nomeada para a função em razão da idade. Mas, pressionado pela França, o FMI acabou com o limite etário de 65 anos para os candidatos.

O que se pode esperar de sua gestão no FMI?

Georgieva foi apontada para um mandato de cinco anos, começando no dia 1º de outubro.

Depois de ser selecionada pelo Conselho Executivo do FMI, ela se descreveu como uma pessoa "que acredita em seu mandato para ajudar a garantir a estabilidade da economia global e do sistema financeiro por meio da cooperação internacional".

Georgieva estudou política econômica e sociologia em Sofia, na Bulgária - Reuters - Reuters
Georgieva estudou política econômica e sociologia em Sofia, na Bulgária
Imagem: Reuters

"É uma grande responsabilidade estar à frente do FMI em um momento quando o crescimento da economia global continua a decepcionar, tensões comerciais persistem e a dívida está em níveis altos históricos", acrescentou.

Ela disse que o objetivo do FMI a longo prazo é apoiar políticas fiscais, monetárias e estruturais sólidas para construir economias mais firmes e melhorar a vida das pessoas.

"Isso significa lidar também com questões como desigualdade, riscos climáticos e rápida mudança tecnológica", ela afirmou.

"Meu objetivo é fortalecer o Fundo, fazendo com que tenha visões cada vez mais avançadas e atentas às necessidades dos nossos membros."