Credit Suisse deve ser 'implacavelmente seletivo', segundo novo CEO
(Bloomberg) - Estreando como CEO do Credit Suisse Group AG, Tidjane Thiam disse que planeja criar uma empresa com forte capitalização e transações mais ágeis.
Em um memorando enviado aos funcionários em seu primeiro dia no cargo, o ex-CEO da Prudential Plc disse que precisaria de alguns meses para entender a organização e as operações antes de apresentar seus planos para o segundo maior banco da Suíça neste ano.
"Devemos ser implacavelmente seletivos com o que fazemos e, igualmente importante, com o que não fazemos", disse Thiam, 52, no memorando, que foi visto pela Bloomberg e confirmado por um porta-voz do banco. "Escolher onde investir nosso capital e onde não investir será uma clara área de foco para mim nas próximas semanas e nos próximos meses".
O Credit Suisse recorreu a Thiam para substituir Brady Dougan, pois os investidores buscavam uma nova estratégia com a qual a empresa pudesse cortar a unidade de títulos para se concentrar na gestão da riqueza. Thiam, que nunca chefiou um banco, também terá que enfrentar uma brecha de capital que, segundo alguns analistas, poderia chegar a 13 bilhões de francos suíços (US$ 13,9 bilhões).
As ações do Credit Suisse tinham subido 3 por cento nesta quarta-feira no fechamento em Zurique para 26,46 francos. As ações do banco acumulam uma alta de 5,5 por cento desde o começo do ano, um crescimento inferior ao avanço de 19,9 por cento do UBS Group AG.
'Balanço forte'
O "histórico do banco com a alocação de capital e os custos tem contido materialmente as ações", disseram analistas do Morgan Stanley liderados por Huw Van Steenis, em uma nota publicada nesta quarta-feira. "Simplificando, o Credit Suisse tem bem mais da metade do seu capital alocado na unidade com os retornos mais baixos - seu banco de investimentos".
"É provável que Thiam impulsione o valor por meio de uma reestruturação obstinada", escreveram os analistas.
Thiam substitui Dougan na liderança um ano depois de o banco ter pagado uma multa de US$ 2,6 bilhões nos EUA por ajudar americanos a sonegar impostos. Ele disse aos funcionários que buscaria o conselho deles sobre como tornar o banco mais rápido e ágil sem deixar de operar com os mais elevados padrões éticos.
"Precisamos de um balanço forte que nos permita resistir à adversidade", disse ele. "Devemos ter um modelo de negócios que gere capital e estar fortemente capitalizados".
A formação de Thiam nos setores de consultoria e de seguros diferencia-o de seu antecessor, que ascendeu pelas filas do banco de investimentos. Também pode ser que sua experiência na Ásia, um importante mercado de crescimento para a divisão de gestão da riqueza do Credit Suisse, leve a empresa a se expandir na região, disseram analistas.
Título em inglês: 'Credit Suisse MuEst Be 'Ruthlessly Selective,' Thiam Says (1)'
Para entrar em contato com os repórteres: Jan-Henrik Förster, em Zurique, jforster20@bloomberg.net; Jeffrey Vögeli, em Zurique, jvogeli@bloomberg.net
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.