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Burberry e Richemont dizem que vendas na China se recuperaram

Corinne Gretler e Janice Kew

14/01/2016 13h40

(Bloomberg) -- Burberry Group Plc e Richemont disseram que o mercado de produtos de luxo voltou a crescer na China continental no fim do ano passado, um alívio para o setor que sofre com uma queda em Hong Kong.

A fabricante britânica de gabardina disse na quinta-feira que as vendas na China voltaram a crescer durante o período de três meses finalizado em dezembro e que a receita em Hong Kong caiu mais de 20 por cento. A melhora ajudou a Richemont, fabricante das joias Cartier, a informar um declínio de 9 por cento nas vendas para a região Ásia-Pacífico, em contraste com a queda de 16 por cento que os analistas tinham previsto. As ações da Burberry chegaram a subir 5,5 por cento em Londres.

Esses relatórios podem amenizar o temor de que o mercado chinês piore no próximo ano do macaco, pois o crescimento econômico do país está se enfraquecendo para o ritmo mais lento em duas décadas. Os consumidores chineses foram responsáveis por até metade dos gastos mundiais em relógios suíços nos últimos anos, de acordo com o Citigroup. Para a Burberry, 38 por cento das vendas vão para os consumidores chineses, em comparação com a fatia de 30 por cento em empresas similares, disseram analistas da Liberum.

"A melhora na China continental poderia ser atribuída às pessoas que deixaram de viajar e estão comprando mais no mercado local, mas também é possível que o mercado lá finalmente tenha chegado ao fundo do poço", disse Zuzanna Pusz, analista do Berenberg.

No entanto, os consumidores chineses estão gastando menos em geral, pois estão contendo as compras em mercados como Hong Kong, disse a diretora financeira da Burberry, Carol Fairweather, em um telefonema com repórteres.

"Hong Kong continuou desafiador, mas as compras chinesas no mercado doméstico voltaram a crescer", disse ela. "Então, há um padrão contraditório, mas é importante que ainda assim tenhamos observado o crescimento de nossos consumidores chineses na Europa, no Oriente Médio e na África, embora mais lento que antes".

As vendas na região Ásia-Pacífico, excluindo-se Hong Kong e Macau, cresceram a uma porcentagem de um dígito no período de três meses finalizado em dezembro, disse a Burberry. O crescimento das vendas da Richemont no terceiro trimestre fiscal melhorou na China continental, embora Hong Kong e Macau tenham tido vendas "consideravelmente" mais baixas, disse a companhia.