Bilionário indiano ficou ainda mais rico com queda do petróleo
(Bloomberg) -- A queda do petróleo e seu impacto na economia global estão prejudicando muitos bilionários. O magnata indiano Mukesh Ambani não está entre eles.
A Reliance Industries, controlada por Ambani, está tirando proveito dos baixos preços do petróleo bruto devido ao aumento das margens no complexo de refino da empresa, o maior do mundo.
A riqueza líquida de Ambani subiu US$ 620 milhões até sexta-feira (15), maior aumento do mundo em 2016, segundo o Bloomberg Billionaires Index. É quase cinco vezes mais do que o obtido pela segunda maior ganhadora deste ano, Alice Walton, herdeira do Wal-Mart, que ganhou US$ 130 milhões. Dos 13 bilionários da Índia que compõem o grupo das 400 pessoas mais ricas do mundo, Ambani é também o único que viu sua fortuna crescer.
O lucro do trimestre de dezembro deu um salto de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 72,2 bilhões de rúpias (US$ 1,07 bilhão), ultrapassando a média de 70,1 bilhões de rúpias de 17 estimativas de analistas de uma pesquisa da Bloomberg. As margens de refino mais elevadas contribuíram para o desempenho, pois os preços do petróleo durante o trimestre foram 42% mais baixos em média em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Reliance ganhou US$ 11,50 para cada barril de petróleo que transformou em combustível, contra US$ 7,30 de um ano atrás e US$ 10,60 no período de três meses que terminou em setembro, disse a empresa após o fechamento do mercado nesta terça-feira.
Investidores como a BlackRock compraram ações da Reliance, transformando a empresa com sede em Mumbai na de melhor desempenho no Bloomberg World Oil Gas Index nos últimos três meses.
"Qualquer aumento na margem de refino contribui significativamente para o lucro da Reliance porque esse segmento é o que mais colabora com o resultado final", disse Sanjeev Panda, analista da Sharekhan em Mumbai. As ações subiram "porque a queda aguda do petróleo teve um reflexo positivo sobre as margens".
O petróleo Brent caiu mais de 70% nos últimos 18 meses porque a Organização dos Países Exportadores de Petróleo efetivamente abandonou os limites de produção em meio ao excesso de oferta. O petróleo usado como referência global subia 5,5%, maior aumento desde setembro, para US$ 30,1, na Bolsa ICE Futures Europe, em Londres, às 17h28 pelo horário de Mumbai.
Venda de ações
As ações da Reliance subiram cerca de 14% em 2015, encerrando uma sequência de sete anos de desempenho abaixo do S&P BSE Sensex. A ação caiu 37% de 2008 a 2014, contrastando com o avanço de 35% do índice acionário de referência da Índia, em um período em que a empresa investiu bilhões de dólares na expansão de sua capacidade para químicos e injetou US$ 15 bilhões em um empreendimento na área de telecomunicações. As ações subiram 2,6%, para 1.043,6 rúpias, nesta terça-feira.
A Reliance Jio Infocomm, unidade de telecomunicações de Ambani, planeja vender 150 bilhões de rúpias em ações para os atuais acionistas, segundo um comunicado enviado à Bolsa na segunda-feira à noite.
"O início de projetos avaliados em US$ 30 bilhões em vários segmentos transformará 2016 no maior ano da história da Reliance", escreveu Vikash Kumar Jain, analista da CLSA, em uma nota, em 4 de janeiro.
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