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Cinco coisas que vão dar o que falar hoje

Lorcan Roche Kelly

01/02/2016 11h24

(Bloomberg) - A produção fabril chinesa caiu, as commodities baixaram e os pré-candidatos à presidência dos EUA enfrentarão o primeiro teste real em Iowa. Eis alguns dos assuntos que vão dar o que falar nos mercados nesta manhã.

Produção fabril da China

O indicador fabril oficial da China caiu para 49,4 pontos, o valor mais baixo em três anos, em janeiro, o sexto mês consecutivo de piora damedição, que ficou abaixo da mediana de estimativas de 49,6 pontos em uma pesquisa da Bloomberg com economistas. O Shanghai Composite Index fechou com uma baixa de 1,8 por cento e estendeu a perda neste ano para 24 por cento após o declínio mensal mais acentuado desde a crise financeira. O yuan offshore registrou a maior queda em uma semana porque a especulação com a futura trajetória da moeda está esquentando.

PMI da Europa

Em seu relatório mensal sobre produção fabril, a Markit Economics disse que as pressões sobre os preços "continuaram em queda" na zona do euro e destacou os riscos deflacionários persistentes na região da moeda comum. O principal Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) caiu de 53,2 pontos para 52,3. No Reino Unido, o PMI de produção fabril subiu para 52,9, o valor mais alto em três meses, em janeiro. Os PMIs de produção fabril para os EUA serão publicados hoje.

Petróleo em queda, ouro em alta

O rali recente do petróleo cambaleou após a publicação dos dados sobre produção fabril da China e de outros que mostraram que a Opep extraiu uma quantidade recorde de petróleo bruto no mês passado. O West Texas Intermediate a ser entregue em março chegou a cair 93 centavos de dólar e tocar US$ 32,69 por barril na New York Mercantile Exchange, e estava a US$ 33,19 às 11h15, horário de Londres. Hedge funds realizaram o maior aumento das apostas otimistas no petróleo desde 2010 porque os preços subiram nas últimas sessões. O ouro subiu US$ 5 por onça, para US$ 1.123,22, às 11h15 em Londres.

Mês de folga para os três maiores bancos centrais

Neste mês não haverá reuniões de bancos centrais nem nos EUA, nem no Japão, nem na zona do euro, já que os yields dos bonds mundiais atingiram os valores mais baixos em doze meses e os yields japoneses caíram para valores mínimos recorde. A ausência de reuniões não significa que não haja comunicação. O presidente do BCE, Mario Draghi, discursará perante o Parlamento Europeu hoje e o membro do conselho do banco, Benoit Coeure, já está sugerindo que o banco central poderia reconsiderar a postura de sua política na reunião de março. O Banco da Inglaterra se reunirá na quinta-feira, e parece cada vez mais provável que Mark Carney se torne o primeiro presidente desde 1949 a concluir o exercício do cargo sem mudar as taxas de juros nem uma vez.

Iowa

Nas últimas horas antes do começo da votação na campanha eleitoral para a presidência dos EUA, os três líderes entre os pré-candidatos republicanos intensificaram os ataques entre si. Na última pesquisa feita em Iowa antes das reuniões políticas, Donald Trump superava Ted Cruz com 28 por cento e 23 por cento, respectivamente. Do lado dos democratas, Hillary Clinton está na liderança da disputa com Bernie Sanders. Os analistas dizem que o comparecimento às urnas será fundamental para as chances dela.