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Airbnb lidera campanha para pedir que UE apoie compartilhamento

Rebecca Christie

11/02/2016 12h36

(Bloomberg) -- Airbnb, Uber Technologies e TaskRabbit estão encabeçando uma iniciativa de 47 empresas para convencer as autoridades da União Europeia de que a economia de compartilhamento contribui para o crescimento e não deveria ser restringida por leis nacionais fragmentárias.

As empresas escreveram para o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, cujo país atualmente detém a presidência rotativa da UE, para pedir maior compromisso com os modelos corporativos de colaboração na campanha da UE para impulsionar os empregos e o crescimento.

O bloco de 28 países disse que analisará o impacto das leis e normas nacionais porque visa a impulsionar o investimento transfronteiriço e criar um mercado único digital.

"Solicitamos que os estados-membros deem apoio a esses objetivos e continuem tentando assegurar que leis locais e nacionais não necessariamente limitem o desenvolvimento da economia colaborativa em detrimento dos europeus", disseram as empresas na carta do dia 10 de fevereiro endereçada a Rutte, vista pela agência de notícias Bloomberg News antes da publicação, que acontecerá ainda nesta semana. As empresas querem uma declaração da UE na reunião de Ministros da Indústria, que será neste mês.

A UE considera que empresas como Uber e Airbnb são um meio de aumentar a produção econômica sem exigir que os países elevem os gastos públicos.

As propostas de economia coletiva da Comissão Europeia são parte da estratégia mais ampla de mercado único divulgada em outubro, que lida com diversos aspectos, das regras de capital de risco ao mosaico de leis de insolvência do bloco, assim como de uma outra iniciativa para melhorar o acesso a bens e serviços online.

As empresas que fazem parte da economia de compartilhamento dizem que seus modelos de negócios estão "utilizando melhor os recursos" ao acabar com a inatividade tanto no fornecimento de serviços quanto na demanda do consumidor.

Os países contrapuseram que as empresas não deveriam poder contornar as normas nacionais - por exemplo, um tribunal belga perguntou em dezembro ao Tribunal de Justiça da UE se os serviços de transporte compartilhado da Uber deveriam ser regulamentados como os de táxi.

O Airbnb disse em um comunicado que acompanha a carta conjunta que a UE pode "liderar uma revolução econômica" que beneficiará famílias e empresas locais apoiando o setor de compartilhamento.