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Empregador britânico: bom na gravidez, ruim na licença médica

Siobhan Wagner

18/02/2016 13h47

(Bloomberg) -- O Reino Unido é um dos melhores países da Europa para ser uma mãe trabalhadora, mas é um dos piores da região para os trabalhadores que precisam de licença médica paga ou que estão desempregados, sugere um novo estudo.

Os empregadores do Reino Unido são obrigados a oferecer um ano de licença para as funcionárias que ganham bebês.

Nas seis primeiras semanas, paga-se 90% do salário, e nas 33 semanas seguintes, há um salário máximo de 140 libras (cerca de US$ 200). O período restante não é remunerado.

A legislação da União Europeia exige que os empregadores ofereçam pelo menos 14 semanas de licença-maternidade e -- embora o Reino Unido conceda o prazo mais longo -- Alemanha, Espanha, Países Baixos, França, Áustria e Dinamarca oferecem as 14 semanas estatutárias, ou quase isso, de salário integral.

Mas o Reino Unido não é tão generoso no que diz respeito à licença médica, segundo um relatório da Glassdoor chamado "Quais países na Europa oferecem a licença remunerada e o seguro-desemprego mais justos?".

As empresas britânicas precisam oferecer apenas 28 semanas de licença remunerada a uma taxa fixa de cerca de 88 libras (cerca de US$ 125) por semana, segundo a Glassdoor Economic Research, que colaborou com a Llewellyn Consulting na pesquisa.

Como comparação, os trabalhadores dos Países Baixos podem se ausentar por até 104 semanas (dois anos) e receber 70% do salário.

O relatório, divulgado no dia 18 de fevereiro, também analisou os pagamentos do seguro-desemprego e descobriu que o Reino Unido, a Irlanda e a Áustria estavam entre os países menos generosos. A Bélgica, a Dinamarca e os Países Baixos ficaram no topo dessa categoria.

O estudo analisou 14 países europeus, comparando licenças-maternidade e paternidade, licença parental geral, auxílio-doença, feriado remunerado anual e seguro-desemprego, usando também os EUA como referência.

(O país norte-americano não oferece licença-maternidade ou licença-paternidade estatutárias, nem auxílio-doença obrigatório, nem licença remunerada anual mínima).

"Nenhum governo tem orçamento ilimitado, mas a percepção geral sempre foi de que o Reino Unido oferece um esquema de benefício generoso para todos", disse o Dr. Andrew Chamberlain, economista-chefe da Glassdoor, em um comunicado à imprensa divulgado junto com o relatório.

"Agora temos evidências para sugerir que a Grã-Bretanha já não é nenhuma moleza, especialmente se comparada com os vizinhos europeus".

No que diz respeito aos benefícios para os papais, a Glassdoor sugere que o melhor país é a Finlândia.

Os novos pais da Finlândia obtêm 45 dias úteis livres -- maior total na Europa --, sendo a Espanha e a França os mais generosos na sequência, oferecendo 15 e 11 dias, respectivamente, segundo o relatório.

A Glassdoor ressalta que a licença-paternidade ainda não está regulamentada pela UE.