Hypermarcas deixa mercado de títulos por causa da crise
(Bloomberg) -- Confrontada pela piora da recessão e pela desvalorização do real no Brasil, a empresa farmacêutica Hypermarcas está deixando o mercado internacional de títulos.
A empresa disse na semana passada que está oferecendo recomprar a totalidade dos US$ 312,6 milhões remanescentes em notas denominadas em dólares com vencimento em 2021.
Os títulos, que subiram com a notícia, perderam 3% nos três meses anteriores, elevando os rendimentos para 6,56%.
A oferta é a mais recente tentativa da Hypermarcas de se proteger diante dos altos custos de financiamento em um país conturbado por crise política e por rebaixamentos da nota de crédito.
A empresa com sede em São Paulo vendeu sua unidade fabricante de preservativos por R$ 675 milhões (US$ 167,5 milhões) em janeiro, quase três meses após se desfazer de sua divisão de beleza por R$ 3,8 bilhões.
As medidas da Hypermarcas com o objetivo de levantar caixa e reduzir dívidas levaram a agência de classificação de risco Fitch Ratings a elevar a perspectiva para a classificação da empresa para positiva em novembro.
Trata-se da única empresa brasileira classificada pela Fitch com chance de subir para o grau de investimento.
"Estamos vendo a empresa vender ativos e melhorar sua posição de caixa em um momento em que não é fácil rolar dívidas e ter acesso a crédito", disse Luiz Cesta, analista da Votorantim CTVM em São Paulo. "Faz muito sentido".
Os títulos com vencimento em 2021 subiam pela quinta sessão seguida na sexta-feira, para US$ 0,110,78.
Em um comunicado enviado por e-mail, a assessoria de imprensa da Hypermarcas disse que a empresa não poderia comentar a recompra de títulos porque está em período de silêncio. A empresa deverá divulgar seu relatório de lucros do quarto trimestre nesta sexta-feira.
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