Oi contrata assessor para reestruturar dívida de R$ 60 bi, diz fonte
(Bloomberg) -- A Oi SA, empresa de telefonia mais endividada do Brasil, contratou assessores para ajudá-la a reestruturar sua dívida de R$ 60 bilhões (US$ 15 bilhões), segundo uma pessoa com conhecimento direto do assunto que pediu anonimato porque as discussões são privadas.
Na quinta-feira, o bilionário russo Mikhail Fridman retirou sua oferta de ajuda financeira em uma possível fusão entre Oi e Tim, a unidade brasileira da Telecom Italia. A Telecom Italia disse na última quinta-feira que não quer manter discussões sobre essa possível fusão, segundo a LetterOne Technology, o veículo de investimento de Fridman, acrescentando que ainda está interessada em investir no Brasil.
A retirada da proposta encerra quatro meses de negociações e deixa a Oi, que tem sede no Rio de Janeiro, sem outra alternativa a não ser tentar reestruturar seu endividamento, o maior entre as empresas de telecomunicações do País. A Oi tem US$ 4,5 bilhões em dívidas vencendo até o fim de 2017 e seu elevado nível de queima de caixa tornará mais difícil para a empresa obter empréstimos e pagá-los, disse Robert Jaeger, analista do Société Générale em Londres.
A Oi não quis comentar, segundo mensagem por e-mail de sua assessoria de imprensa.
A empresa tinha R$ 60 bilhões em dívida total no fim do terceiro trimestre do ano passado, segundo dados compilados pela Bloomberg. A empresa tinha US$ 2,2 bilhões em dívidas de curto prazo e US$ 3,3 bilhões em caixa àquela altura, mostram os dados.
"O balanço da Oi é insustentável em sua forma atual", disse Eriko Miyazaki-Ross, analista de crédito do Barclays em Nova York. "A única via real aberta para endireitar isso era a consolidação".
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