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Cinco assuntos que vão dar o que falar hoje

Lorcan Roche Kelly

12/04/2016 10h05

(Bloomberg) -- As bolsas avançam um pouco, a Itália cria um fundo bancário e a inflação no Reino Unido atinge o patamar mais alto em quinze meses. Estes são alguns dos assuntos que vão dar o que falar nos mercados hoje.

Bolsas em alta, títulos em queda

O índice MSCI Asia Pacific ganhou 0,9 por cento ontem à noite e o Topix do Japão deu um salto de 1,5 por cento com o enfraquecimento do iene. As ações na Europa subiram um pouco, com um ganho de 0,1 por cento no índice Stoxx 600 às 10h18, horário de Londres, após chegar a cair 0,7 por cento no começo do pregão. Os futuros do S&P 500 avançaram 0,3 por cento. As curvas de yields dos títulos da zona do euro estão se tornando íngremes antes de uma venda de dívida francesa com vencimento em 50 anos. Títulos do Tesouro dos EUA também caíram.

Fundo bancário de US$ 5,7 bilhões da Itália

Autoridades italianas e executivos de bancos concordaram em criar um fundo de 5 bilhões de euros (US$ 5,7 bilhões) para ajudar credores em problemas no país. Como há um valor estimado de 360 bilhões de euros em empréstimos de liquidação duvidosa ainda pendentes no sistema bancário italiano, o tamanho do fundo já está sendo questionado. O fundo será posto à prova pela primeira vez nas próximas semanas porque o UniCredit irá adiante com a abertura de capital do Banca Popolare di Vicenza que está administrando. O lançamento do fundo chega com o esforço do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, para reativar a economia italiana.

Desglobalização da Nomura

A maior corretora do Japão, a Nomura Holdings, planeja fechar suas operações com ações na Europa, segundo uma fonte do setor. A empresa confirmou que fechará certas divisões na Europa e "racionalizará" partes das operações na América. As ações da corretora encerraram o pregão com uma alta de 7,4 por cento depois que a Bloomberg News informou a medida.

Inflação no Reino Unido atinge maior nível em quinze meses

Os preços ao consumidor no Reino Unido avançaram 0,5 por cento em relação a um ano antes em março, ultrapassando as expectativas e atingindo o nível mais alto desde dezembro de 2014. O núcleo de inflação subiu para 1,5 por cento. O feriado da Páscoa cedo neste ano influiu no crescimento dos números, já que as passagens aéreas aumentaram 23 por cento no mês, na comparação com 2,7 por cento em março do ano passado. Os mercados parecem estar examinando o fator da sazonalidade, sendo que a libra estendeu os ganhos desde a publicação dos dados. Quanto às outras moedas, hedge funds reduziram as apostas otimistas líquidas no dólar para o menor número em quase dois anos.

A aposta malsucedida da Wells Fargo no petróleo

O Wells Fargo escolheu o momento errado para expandir seus empréstimos de petróleo. O banco mirou alguns dos mutuários menos solventes do setor de xisto e exigiu reservas de petróleo e gás como garantia, um tipo de financiamento que era considerado de baixo risco. Como agora o petróleo está flutuando perto de US$ 40 por barril, o valor dessas reservas retidas como garantia afundou. Essa pressão ficou claramente ilustrada ontem, quando a Chesapeake Energy comprometeu quase todas as suas reservas de petróleo e gás, imóveis e contratos de derivativos para manter sua linha de crédito de US$ 4 bilhões. Enquanto isso, a previsão é de que a produção de xisto dos EUA atingirá o valor mais baixo em dois anos.