Negociação de metais cresce na China e EUA e cai em Londres
(Bloomberg) -- O volume de compras e vendas de metal por traders é o maior dos últimos anos nas bolsas da China e dos EUA. Em Londres, coração do mercado internacional durante mais de um século, acontece o oposto.
Durante os primeiros quatro meses do ano, o trading de contratos futuros na Bolsa de Metais de Londres (LME, na sigla em inglês) caiu um total de 10 por cento combinado para seus seis principais contratos, inclusive cobre e alumínio. Foi o pior começo de ano desde que os dados começaram a ser compilados, em 2006. Embora a LME continue sendo o principal centro operacional do setor, sua fatia do mercado mundial caiu para 76 por cento no ano passado, em contraste com 83 por cento em 2012, de acordo com a bolsa.
Em um momento em que a crise das commodities e obstáculos regulatórios obrigaram os bancos e hedge funds a saírem do mercado, a LME está observando um volume menor de trading depois de ter elevado as tarifas e ajustado as normas em mais de 600 armazéns. Mas os negócios estão prosperando na China, onde as bolsas de Xangai e de Dalian aproveitaram a disparada especulativa das matérias-primas, e em Nova York, onde as negociações de cobre na Comex atingiram no mês passado o patamar mais alto em três anos.
"O panorama é desafiador", disse Robin Bhar, analista do Société Générale em Londres. "Se você observa o que a LME vem fazendo para reformar os armazéns e o trading, verá que houve muitas mudanças, que poderiam ter provocado a diminuição do volume".
O trading de cobre na LME em abril caiu 6,8 por cento em relação ao ano anterior, mas aumentou 29 por cento na Comex e 25 por cento em Xangai, mostram os dados de negociação.
Aumento do lucro
Desde que comprou a LME em 2012, a Hong Kong Exchanges & Clearing (HKEx) tentou aumentar o lucro da bolsa de 139 anos. As tarifas cobradas a membros e usuários subiram uma média de 34 por cento no ano passado, o primeiro aumento desde a aquisição. Isso ajudou a HKEx a elevar os lucros obtidos com commodities em 68 por cento em 2015, apesar de os volumes terem começado a diminuir.
Neste ano, as tarifas permaneceram estáveis, mas o trading está caindo ainda mais.
"Não é fácil eles aumentarem ainda mais o lucro da LME no curto prazo", disse Edmond Law, analista em Hong Kong da UOB-Kay Hian Holdings. "Eles já elevaram as tarifas, por isso no curto prazo o volume será fraco e eles não vão aumentar os preços novamente. Então, por esse lado, as receitas vão ficar estagnadas ou vão cair".
Kathy Alys, porta-voz da LME, disse que os volumes oscilam naturalmente por causa das mudanças na economia mundial e das necessidades dos usuários da indústria.
A HKEx informou neste mês uma queda nas receitas do primeiro trimestre, mencionando a "atividade moderada" nos mercados de dinheiro em Hong Kong e de commodities no Reino Unido. A bolsa também responsabilizou a fraca economia mundial e a queda dos preços das matérias-primas pela redução do trading.
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