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S&P 500 cairá 10%, mas fechará ano em 2.100, projeta Goldman

Julie Verhage e Arie Shapira

06/07/2016 12h05

(Bloomberg) -- Segundo o Goldman Sachs, este não é o momento de comprar ações.

Em uma nova nota do estrategista-chefe de ações para os EUA, David Kostin, e sua equipe, a empresa diz projetar que haverá um recuo de até 10% do S&P 500 antes de uma recuperação para 2.100 no fim do ano.

"Embora os investidores pareçam complacentes após o Brexit, o ciclo econômico amadurecendo com avaliações elevadas, a desaceleração das recompras de ações e a crescente incerteza política oferecem a base para uma possível fragilidade do mercado no segundo semestre", escreve a equipe.

"Contudo, o crescimento acima da tendência do PIB dos EUA, a cautela do Fed e a recuperação dos lucros devolverão o S&P 500 para 2.100 até o fim do ano, estendendo o mercado nivelado dos últimos dois anos".

Com metas para 3, 6 e 12 meses do S&P 500 em 1.950, 2.100 e 2.150, respectivamente, a equipe vem recomendando aos clientes que invistam em empresas com alto rendimento e alta exposição doméstica devido à crescente incerteza nas arenas econômica e política.

Infelizmente para os otimistas com o mercado de ações, de forma mais ampla, a equipe espera que a incerteza aumente ainda mais com a proximidade da eleição presidencial nos EUA.

Entre os setores que oferecem as melhores oportunidades, com base na análise histórica do Goldman, estão os de saúde, serviços de telecomunicações e consumo discricionário. Entre as apostas de maior risco estão energia, materiais e bens industriais.

O Goldman Sachs não é a única empresa de Wall Street a prever uma queda das ações. O chefe de estratégia para ações dos EUA do JPMorgan, Dubravko Lakos-Bujas, e a chefe de estratégia para ações dos EUA do Bank of America, Savita Subramanian, mantêm metas de 2.000 para o fim do ano.

Esse patamar representa uma queda de mais de 4% em relação ao fechamento de ontem, de 2.088.