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Opinião: Após a crise, bancários europeus enfrentam os robôs

Elaine He

04/10/2016 10h52

(Bloomberg) -- Se a crise não pegou os bancários europeus, talvez os robôs consigam.

Receitas fracas e juros negativos não são os únicos motivos para os bancos europeus estarem demitindo pessoal. A tecnologia é mais uma razão. Com o mobile banking, quem precisa dos caixas das agências?

Na segunda-feira, o ING revelou planos para eliminar quase 6.000 empregos e investir 800 milhões de euros (US$ 898 milhões) em plataformas digitais. O anúncio eleva o total de cortes informados no último ano para aproximadamente 50.000, segundo dados da Bloomberg.

O banco holandês não será o último a mandar gente embora. No Reino Unido e na Espanha, as instituições financeiras também estão promovendo produtos digitais. Na França, sindicatos truculentos podem adiar o enxugamento das vastas redes de agências do Société Générale e do BNP Paribas, mas não há dúvida de que isso acontecerá em algum momento.

É difícil prever as demissões adicionais do setor, segundo Jonathan Tyce, analista da Bloomberg Intelligence. Porém, ele afirma que 10 por cento é um cálculo razoável ? e isso sem considerar o potencial impacto do blockchain como registro digital de transações financeiras.

Algumas mudanças podem ser atribuídas a fusões e aquisições. Por exemplo, o BNP comprou o Fortis e o ING vendeu a divisão de seguros. Mas o rumo é claro.

Esta coluna não necessariamente reflete a opinião do conselho editorial da Bloomberg LP e seus proprietários.