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Empresas dão licença remunerada para cuidar de pais e filhos doentes nos EUA

Thinkstock
Imagem: Thinkstock

Rebecca Greenfield

05/10/2016 14h53

(Bloomberg) -- As empresas americanas descobriram um novo e poderoso benefício para somar ao seu arsenal de regalias: licença remunerada para cuidar de cônjuges, pais e filhos doentes.

Como o mercado de contratações dos EUA se tornou mais disputado nos últimos 12 meses, as empresas locais ampliaram seus pacotes de benefícios, adotando políticas de licenças mais generosas para pais e assistência para o pagamento de dívidas estudantis a fim de atrair e manter os funcionários.

E a corrida pelos privilégios continua em ritmo acelerado. Nos últimos 30 dias, dois grandes empregadores abriram caminho com um novo benefício, oferecendo algo geralmente chamado de licença para o cuidado de idosos, mas que também inclui cônjuges e filhos.

A Deloitte dará a seus funcionários 16 semanas de licença remunerada para cuidar de parentes doentes. E a Vanguard Group oferecerá até duas semanas remuneradas.

Poucas empresas oferecem esse tipo de licença remunerada. O relatório de benefícios de 2016 da Sociedade de Gestão de Recursos Humanos (SHRM, na sigla em inglês) apontou que 2% das empresas subsidiam a modalidade.

Embora 75% das mais de mil empresas consultadas no Estudo Nacional de Empregadores de 2014 do Instituto da Família e do Trabalho (FWI, na sigla em inglês) afirmem que oferecem licença aos funcionários para que cuidem de seus pais sem colocar seus empregos em risco, muitas vezes eles não são remunerados no período.

A Lei da Licença Médica e Familiar dos EUA, que cobre a licença-maternidade, exige que os empregadores com 50 funcionários ou mais ofereçam 12 semanas de licença não-remunerada "para cuidados de membros da família imediata (cônjuges, filhos ou pais) com uma condição médica grave".

Apenas 12% dos trabalhadores do setor privado nos EUA têm acesso à licença familiar remunerada por meio de seus empregadores, segundo o Escritório de Estatísticas de Trabalho, e o benefício não necessariamente inclui o cuidado de idosos.

Os funcionários ressaltavam "a necessidade de ir a consultas médicas, de fazer gestões para entrevistar cuidadores e a dificuldade por que passavam", disse Kathy Gubanich, chefe de recursos humanos da Vanguard, a respeito dos funcionários da própria empresa. Muitas vezes, disse ela, o que as pessoas precisam é de "um pouco de tempo para resolver todas essa coisas".

O primeiro passo rumo à normalização desse tipo de licença como benefício, a exemplo da chamada licença-paternidade, é oferecê-la. Se o cuidado de idosos seguir o mesmo padrão de outros benefícios, mais empresas que competem por talentos seguirão o exemplo da Vanguard e da Deloitte.

"Acho que isso está se tornando cada vez mais importante", disse Gubanich, da Vanguard. "Eu acredito que cada vez mais empresas vão recorrer a programas desse tipo para se diferenciarem."