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Saiba antes da eleição como funcionam os cortes fiscais dos EUA

Jeanna Smialek

08/11/2016 11h25

(Bloomberg) -- Os EUA escolherão um novo presidente hoje. É importante que esta decisão seja tomada considerando a economia.

O próximo grupo de representantes do país poderia alterar o quanto os americanos pagam em impostos e quem desembolsa-os, por isso este é um ótimo momento para ler o resumo do Federal Reserve de St. Louis sobre as categorias tributárias como fontes de receita. Se você estiver mais preocupado com os salários, confira o relatório do Morgan Stanley sobre de onde as pressões estão surgindo.

O cálculo por trás dos impostos

Não importa se você apoia reduções de impostos para os ricos ou se acha que eles deveriam pagar mais, é bom saber como modificações no código tributário afetariam a receita. O Fed de St. Louis está pronto para ajudar com os números destrinchados.

Cerca de metade da receita dos EUA provém do imposto de renda individual, e apenas 9% vêm do imposto da receita corporativa. Quando o assunto é o imposto de indivíduos, contribuintes que ganham menos de US$ 50 mil por ano respondem por dois terços de todas as devoluções, mas por apenas 7% da receita total.

Em contraste, contribuintes que ganham US$ 1 milhão ou mais respondem por 0,3% das devoluções e 27% da receita total. Quem ganha entre US$ 100 mil e US$ 199.999 contribui com 22% da receita, o equivalente a 12% dos retornos. Por que isso é importante?

"As reduções fiscais para a classe média, mesmo que sejam pequenas, provocariam grandes declínios na receita", escrevem os autores. "E coletar uma receita significativamente maior dos ricos exigiria grandes aumentos tributários."

Para mais detalhes, consulte "A Closer Look at Federal Income Taxes", publicado em inglês no dia 4 de novembro de 2016 e disponível no site do Fed de St. Louis.

Mostre o dinheiro

Melhorar a perspectiva salarial dos EUA foi um tema constante da campanha eleitoral, e constatou-se que quem ganha salários altos já está recebendo um aumento.

Poucos trabalhadores viram ganhos salariais nos últimos meses, mas o crescimento da remuneração aumentou para os trabalhadores de setores com salários altos. Trata-se de uma mudança em relação ao início da recuperação, quando os ganhos salariais ficaram concentrados na base da hierarquia, de acordo com o economista do Morgan Stanley Robert Rosener.

Como eles recebem muito menos, os aumentos para quem ganha pouco não fizeram muita diferença na conta de salário agregado do país. A transição para trabalhadores com remunerações maiores está finalmente ajudando a média geral de salários por hora a subir.

Para mais detalhes, consulte "Wage Growth: Heating Up at the High End", relatório publicado em inglês no dia 7 de novembro de 2016 e disponível para assinantes do
Morgan Stanley.