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Líderes britânicos sabem menos dos emergentes que rivais da UE

Thomas Seal

28/11/2016 15h12

(Bloomberg) -- Companhias britânicas estão de olho em mercados fora da União Europeia, enquanto o Reino Unido se prepara para deixar o bloco. No entanto, os comandantes dessas empresas estão atrás de suas contrapartes em outros países da UE em termos de conhecimento direto de regiões de rápido crescimento, de acordo com uma pesquisa.

Os presidentes de empresas componentes do índice acionário FTSE 100 têm metade da probabilidade de exibirem experiência direta em mercados emergentes daquela observada entre os principais executivos das grandes companhias alemãs ou holandesas, segundo estudo da firma de recrutamento DHR International.

De acordo com a pesquisa, 32% dos presidentes das componentes do índice AEX 25, da Holanda, e 30% dos presidentes das componentes do DAX 30, da Alemanha, tiveram experiência em primeira mão em mercados emergentes, comparado a 17% dos líderes de empresas do FTSE 100.

"É uma surpresa que empresas britânicas estejam atrás de alguns concorrentes internacionais nesta métrica", afirmou em comunicado um sócio administrativo da DHR, Frank Smeekes. "Com um mercado doméstico relativamente pequeno, as companhias britânicas tradicionalmente buscaram expansão no exterior."

O secretário de Comércio Internacional do Reino Unido, Liam Fox, que apoiou a saída da UE, declarou em discurso em setembro que o país estava adentrando um "mundo de comércio pós-geográfico".

Embora os presidentes de empresas britânicas estejam em desvantagem em relação a alguns rivais europeus, eles estão se tornando mais internacionalizados. A parcela de líderes de componentes do FTSE 100 com experiência em mercados emergentes era de 13% há 10 anos e encolheu no caso da França e da Alemanha.