Apoio privado ajuda refugiados a conseguirem emprego no Canadá
(Bloomberg) -- Os novos refugiados que chegam ao Canadá são mais bem-sucedidos quando entram no mercado de trabalho patrocinados por grupos comunitários privados do que pelo governo, uma descoberta que ganha importância porque o país está recebendo dezenas de milhares de imigrantes sírios.
Os refugiados patrocinados durante um ano por uma organização comunitária, como uma igreja ou um grupo de indivíduos, ganharam 18.300 dólares canadenses (US$ 13.939) no ano fiscal de 2014, em comparação com 13.300 dólares canadenses daqueles que tiveram apoio governamental, com base na mediana de estimativas de chegadas ao logo dos cinco anos anteriores, segundo dados da Statistics Canada. Quem fugiu para o Canadá sem patrocínio ganhou 22.000 dólares canadenses. A agência não costuma analisar os dados que publica.
A revisão das declarações de impostos feita pela agência federal de estatística e publicada na segunda-feira em Ottawa mostrou que os imigrantes que mais ganharam foram aqueles que foram ao Canadá para trabalhar e depois obtiveram status de residente permanente. A mediana de renda nessa categoria foi de 50.000 dólares canadenses.
O Partido Liberal do primeiro-ministro Justin Trudeau chegou ao poder há cerca de um ano, em parte graças à promessa de aumentar a imigração da Síria. Desde então, ele rejeitou uma recomendação de um conselho de assessores econômicos de aumentar os níveis anuais de imigração (de qualquer origem) para 450.000 pessoas, dizendo que a política tem que ser ambiciosa, mas também "responsável".
Quase 36.400 refugiados sírios chegaram ao Canadá desde novembro de 2015. A maioria, 19.300, foi patrocinada pelo governo, segundo uma contagem realizada pelo governo até 4 de dezembro.
O governo do Canadá ajuda alguns refugiados encaminhados pelas Nações Unidas. Grupos de cinco adultos e outras organizações comunitárias também podem solicitar permissão para levar pessoas ao Canadá.
Os EUA avaliaram adotar o modelo de patrocínio privado do Canadá, mas atualmente apoiam os refugiados mediante agências de reassentamento com contratos federais, que ajudam os recém-chegados a se integrarem à economia local com uma ajuda financeira inicial e outros tipos de assistência. Os EUA receberam 85.000 refugiados no ano fiscal de 2016, entre eles 12.600 da Síria. Países como a Alemanha e a Turquia instaram outros a receberem mais pessoas deslocadas após cinco anos de guerra civil na Síria.
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