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Aeroporto LaGuardia, de NY, passará por reforma de US$ 4 bi

Justin Bachman

22/12/2016 15h03

(Bloomberg) -- O congestionamento é a maior razão pela qual o aeroporto LaGuardia, em Nova York, é normalmente classificado como o pior dos EUA: nem os aviões, nem as pessoas se movimentam de forma eficiente por uma instalação desenvolvida para receber muito, muito menos tráfego.

Quando for concluído, no verão de 2022, o novo e brilhante LaGuardia será um espaço moderno que apresentará uma coleção de passagens elevadas com ampla luz natural, pelas quais os passageiros caminharão por sobre aviões em trânsito ao se dirigirem aos portões de embarque.

Os arquitetos planejam reduzir a distância da calçada até o portão de embarque em uma média de 300 pés (91 metros), disse o diretor-executivo do projeto, Stewart Steeves, em entrevista recente. É provável que também haja novas e mais sofisticadas opções de refeições e lojas. Os primeiros novos portões deverão ser abertos no segundo trimestre de 2018.

Para os novaiorquinos que utilizam o LaGuardia, chegar cedo ao aeroporto sempre foi uma questão de extrema necessidade. Não mais, diz Steeves, que supervisiona o LaGuardia Gateway Partners, consórcio que gerencia o antigo terminal central e sua reformulação de US$ 4 bilhões que durará seis anos.

"Nosso objetivo é chegar a um ponto em que as pessoas tomarão uma decisão consciente e dirão 'vamos ao aeroporto mais cedo e vamos jantar lá porque ele tem ótimos restaurantes' e depois entrar no avião", disse ele. "Isso soa um pouco engraçado no contexto do aeroporto atual."

O consórcio ganhou um concurso para o projeto no início do ano. Em junho ele assumiu o terminal, que abriga empresas aéreas como American Airlines, JetBlue, Southwest Airlines e United Continental.

O LaGuardia Gateway Partners irá construir e operar a nova instalação dotada de 35 portões de embarque até 2050 como parte de uma parceria público-privada com a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey.

O consórcio também tem orçamento de US$ 5 milhões para resolver os aspectos mais desagradáveis do terminal atual, incluindo remendos para seu teto, conhecido pelas goteiras, atualizações nos banheiros notoriamente pouco acolhedores e nova pintura e reparos no irregular sistema de ar-condicionado, disse Steeves.

O princípio central da reforma do difamado aeroporto é a criação de mais espaço para a movimentação das aeronaves, ajudando a evitar a perpétua fila de aviões do LaGuardia e a frase "somos a aeronave número 27 na fila para decolar".

Para isso, o design do aeroporto incorpora diversos recursos para aumentar a "flexibilidade no ar", ou a capacidade de manobrar a aeronave mais facilmente do que na atualidade no menor aeroporto da cidade.

Para isso, o LaGuardia terá corredores que permitirão que os aviões façam taxiamento em 360 graus em torno dos terminais, evitando as passagens estreitas que atualmente impedem o fluxo.

"Atualmente há uma via de chegada e outra de saída", disse Steeves a respeito da novidade. Os aviões também terão que se movimentar menos antes de os pilotos ligarem os motores para voar -- o escapamento do motor a jato em um portão adjacente não representará problemas, portanto permitirá que os voos sejam iniciados mais rapidamente.