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Tóquio volta ao grupo das 10 cidades mais caras do mundo

Melissa Cheok

21/03/2017 09h18

(Bloomberg) -- Tóquio voltou ao grupo das 10 cidades mais caras do mundo em 2017 em meio à expansão da representação da Ásia, que reflete a influência crescente da região na economia global.

A capital do Japão, a cidade mais cara do mundo até 2012, saltou sete posições e chegou ao número 4 neste ano, enquanto Osaka subiu nove degraus e é a número 5, ambas impulsionadas pelo ressurgimento do iene, mostrou a Pesquisa Mundial de Custo de Vida da Economist Intelligence Unit nesta terça-feira. Cingapura e Hong Kong mantiveram os dois primeiros lugares e Seul ficou com o sexto. Zurique, a terceira mais cara, foi o único impeditivo para que a Ásia abocanhasse todos os cinco primeiros lugares.

A Ásia responde por 40 por cento da economia global e no período de quatro anos até 2020, segundo previsão do Fundo Monetário Internacional, contribuirá para dois terços do crescimento mundial. Ao mesmo tempo as cidades da China, a potência econômica da região, caíram entre cinco e 16 posições devido ao enfraquecimento do consumo e à depreciação do renminbi, mostrou o relatório.

A Europa tinha quatro cidades no top 10, com Genebra, Paris e Copenhague junto a Zurique. A capital francesa era a única cidade da zona do euro no top 10, permanecendo "estruturalmente extremamente cara para viver e apenas o álcool e o tabaco oferecem bom custo-benefício em comparação com outras cidades europeias", disse a EIU.

Nova York foi a única representante da América do Norte, caindo do sétimo para o nono lugar devido à leve desvalorização do dólar.

A moderação do dólar e o fato de o euro continuar relativamente estável fizeram com que as moedas do Canadá, da Austrália e da Nova Zelândia se valorizassem. Como resultado, Sidney subiu para o 14olugar e Melbourne para o 15o, sendo assim mais caras que Xangai. Auckland e Wellington subiram 22 e 26 lugares, respectivamente, e ficaram dentro do top 20.

A classificação de Cingapura como a cidade mais cara do mundo pelo quarto ano consecutivo se deve em grande parte ao fato de ser o lugar onde o custo de ter um carro é o mais elevado do mundo. É também o segundo lugar mais caro para vestuário.

"A posição de Cingapura é levemente distorcida pelo complexo sistema para compra e registro de carros e também pelas rendas relativamente elevadas, que fazem com que continue relativamente acessível para muitos habitantes", disse Jon Copestake, editor da pesquisa.

O relatório, que comparou preços de mais de 150 itens em 133 cidades, mostrou que Londres e Manchester caíram em resposta à incerteza em torno do Brexit e pela consequente depreciação da libra.

A recuperação dos preços continuou afetando o custo de vida de países dependentes das commodities e as cidades brasileiras de São Paulo e Rio de Janeiro mostraram o crescimento mais rápido em termos de custo de vida, subindo 29 e 27 lugares, respectivamente.

A Ásia abriga algumas das metrópoles mais caras do mundo, mas conta também com algumas das mais baratas. Cidades da Ásia Meridional como Bangalore, Chennai, Mumbai e Nova Délhi, na Índia, e Karachi, no Paquistão, representam um excelente custo-benefício, segundo a pesquisa. Neste ano, Almaty, o centro financeiro do Cazaquistão, e Lagos, na Nigéria, ficaram classificadas entre as mais baratas do mundo.