Brasil Plural busca sócios para crescer plataforma digital
(Bloomberg) -- Rodolfo Riechert presidente da Brasil Plural, vê uma mina de ouro pronta para ser explorada nos investimentos da classe média brasileira.
O banco está reformulando sua plataforma digital e toda a área de gestão de recursos de terceiros, de forma a ampliar sua participação em mercado que ele acredita possa chegar a R$ 200 bilhões em crescimento anual.
O executivo está em busca de parceiros minoritários para investir conjuntamente em marketing, upgrades de tecnologia e para fazer possíveis aquisições.
"É uma corrida do ouro", disse Riechert em entrevista no escritório do banco em São Paulo. "As pessoas vão investir, mas você precisa estar bem estruturado e o produto tem de ser bom".
A Brasil Plural vai remodelar a Geração Futuro, corretora para a classe média comprada em 2012, segundo ele. Mantida como uma empresa separada, a Geração Futuro conta com 100.000 clientes, dos quais 20.000 na plataforma digital, e R$ 13 bilhões em ativos sob gestão. A ideia é migrar a maior parte dos R$ 25 bilhões em recursos de terceiros geridos pela Brasil Plural Asset Management para a Geração Futuro.
O Triar, familly office na qual a Brasil Plural tem 40% de participação, também vai se integrar à Geração Futuro.
A Geração Futuro tem 10 consultores independentes para atendimento a seus clientes e "eu adoraria ter pelo menos 400," disse ele.
As oportunidades não passaram despercebidas pelos concorrentes da Brasil Plural. O BTG Pactual começou uma plataforma digital em novembro, com a meta de conquistar 10% do mercado de varejo de alta renda em um período de 3 a 5 anos. Roberto Sallouti, presidente do BTG, disse na época que os investimentos das famílias brasileiras de alta renda vão gradualmente se dividir entre os bancos tradicionais e as novas plataformas de investimento digitais, como já acontece nos EUA.
BTG e Plural seguem os passos da XP Investimentos, corretora que foi comparada à Charles Schwab por ter oferecido plataformas online de investimento para a classe média, com aconselhamento especializado e produtos antes só disponíveis a clientes de mais alta renda dos grandes bancos.
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