IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Magnatas com fortuna de US$ 513 bi entram na corrida espacial

Tom Metcalf

21/08/2017 20h58

(Bloomberg) -- Ao pensar em bilionários e no espaço sideral, três nomes vêm rapidamente à mente: Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson.

No entanto, eles têm bastante companhia. Existem outras 13 pessoas entre as 500 mais ricas do mundo com investimentos em empreendimentos espaciais, segundo dados compilados pelo Bloomberg Billionaires Index e pela consultoria Bryce Space & Technology. Os magnatas da tecnologia são dominantes, mas a lista inclui também o magnata dos cassinos Sheldon Adelson, que está financiando uma missão lunar, e o bilionário mexicano do varejo e do setor bancário Ricardo Salinas, que investe na rede de satélites OneWeb.

Ao todo, eles possuem um patrimônio líquido de US$ 513 bilhões. Isto é positivo, porque os empreendimentos espaciais, como lançamentos de foguetes, podem envolver custos estratosféricos. Bezos, o segundo homem mais rico do mundo, está financiando a empresa de foguetes Blue Origin com uma soma da ordem de US$ 1 bilhão por ano. A Virgin Galactic, de Branson, investiu mais de US$ 600 milhões para ajudar a levar os voos comerciais de passageiros ao espaço suborbital até o fim de 2018.

Na última década houve uma explosão de startups espaciais, e não apenas de bilionários. Elas foram impulsionadas em parte pela Space Exploration Technologies, de Musk. Seu primeiro lançamento comercial, em 2009, incentivou um ecossistema de empresas espaciais anteriormente impedidas pelo custo de chegar à órbita.

A Space Angels, uma rede de investidores espaciais, calcula que existam mais de 225 empreendimentos espaciais privados atualmente, contra 33 em 2009. E o financiamento acompanhou o ritmo. Cerca de US$ 3,1 bilhões foram investidos nessas empresas em 2016, contra US$ 409 milhões em 2011, segundo a Space Angels.

Um determinado número delas sem dúvida vai fracassar, disse Maxime Puteaux, consultor da Euroconsult. Os riscos são elevados e a maioria dos investidores ainda não obteve retornos tangíveis.

Mas o mercado em expansão está dando origem a empresas cada vez mais diversas, incluindo uma versão espacial do transporte compartilhado. A SpaceFlight, financiada por Paul Allen, cofundador da Microsoft, está agendando cargas úteis em voos e chegou a comprar toda a capacidade de um foguete da SpaceX para dividi-la entre clientes.