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Furacões pouco afetaram crescimento dos EUA, dizem economistas

Shobhana Chandra

23/10/2017 12h30

(Bloomberg) -- Os economistas estão retomando suas visões iniciais para o desempenho da economia dos EUA no trimestre passado. Depois de reduzirem as estimativas de crescimento no início de setembro, antecipando grandes danos provocados pelos furacões Harvey e Irma, eles agora estão mais otimistas, já que os dados recentes foram bastante positivos.

Michael Gapen, economista-chefe do Barclays para os EUA, elevou sua projeção para 2,5 por cento, retornando ao patamar do início do trimestre, acima da estimativa anterior, de 1,5 por cento, segundo uma nota, na sexta-feira. Ele projeta queda no investimento residencial e os gastos dos consumidores, a maior parte da economia, tiveram impulso com a recuperação do consumo de bens duráveis. Os dados da indústria automotiva mostraram queda nas aquisições no mês passado, quando os norte-americanos substituíram veículos danificados.

No Deutsche Bank, os economistas Brett Ryan e Matthew Luzzetti elevaram sua projeção de crescimento de 2 por cento para 2,7 por cento, segundo nota publicada na sexta-feira. O maior impacto dos furacões aparecerá no investimento em estruturas, que provavelmente caiu um total anualizado de 5 por cento no terceiro trimestre depois de subir 7 por cento no segundo trimestre, escreveram.

Ao mesmo tempo, os economistas do Barclays e do Deutsche Bank reduziram as estimativas para o quarto trimestre. A decisão não surpreende: como a expectativa é de que o impacto causado pelas tempestades tenha sido menor, o estímulo relacionado à reconstrução também será menor.