Jogo de PC do momento pode ser proibido na China por violência
(Bloomberg) -- O jogo de videogame do momento em todo o mundo está prestes a ser deixado de fora do maior mercado.
O PlayerUnknown's Battlegrounds -- no qual os competidores lutam para sobreviverem -- é sangrento e violento demais, segundo anúncio publicado online pela Associação de Áudio-Vídeo e Publicação Digital da China. A mentalidade estilo gladiador do jogo de computador se desvia dos valores do socialismo e é considerada prejudicial para os jovens consumidores, afirmou.
É muito pouco provável que o jogo conhecido como PUBG obtenha uma licença oficial na China, considerando que a associação do setor consultou a Administração Estatal de Imprensa, Publicação, Rádio, Filme e Televisão do país antes de emitir a declaração. A Administração Estatal é o órgão regulador que licencia praticamente todo o conteúdo na China e, antes desse episódio, proibiu as séries de TV "BoJack Horseman" e "The Big Bang Theory" e, no ano passado, o remake do filme "Ghostbusters".
A medida drástica coincide com o crescente interesse de jogadores e empresas da China pelo PUBG, que vendeu mais de 13 milhões de cópias neste ano e é publicado pela sul-coreana Bluehole.
A Tencent Holdings, maior empresa de jogos da China, estava negociando a compra dos direitos de licenciamento, informou a empresa sul-coreana no mês passado. A Tencent e a Bluehole não responderam aos pedidos de comentário.
No PUBG, que é inspirado no filme japonês "Battle Royale", 100 jogadores são deixados em uma ilha para lutar até a morte. O jogador que sobreviver ganha.
O órgão chinês regulador de conteúdos afirmou que se opõe fortemente a jogos estilo Battle Royale e que estes terão dificuldades para conseguir licenças de operação, segundo a associação do setor. A associação também recomendou que as empresas chinesas não desenvolvam jogos do tipo e desencorajou transmissões ao vivo de conteúdo relacionado.
A China é o maior mercado mundial de videogames, com uma receita que deverá atingir US$ 27,5 bilhões neste ano, ligeiramente acima da prevista para os EUA, de US$ 25 bilhões, segundo a empresa de pesquisa Newzoo.
--Com a colaboração de Yuji Nakamura
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