Moody's estuda cortes de ratings antes de eleições na Am. Latina
(Bloomberg) -- A Moody's Investors Service pode rebaixar as classificações de crédito de até três grandes economias da América Latina e não esperará os resultados das próximas eleições presidenciais, disse um alto funcionário da empresa.
A empresa mantém perspectivas negativas para as classificações do Brasil, do Chile e do México e há uma "boa possibilidade" de que os três países sejam rebaixados nos próximos 12 meses, disse Jaime Reusche, diretor de crédito sênior da Moody's, em entrevista em Lima. Outra possibilidade é que a empresa mude a perspectiva das classificações para estável, disse ele.
Há eleições programadas em pelo menos quatro países latino-americanos para os próximos 12 meses e candidatos populistas vêm ganhando terreno nas pesquisas depois que os anos de crescimento econômico fraco corroeram as finanças dos governos. A análise da Moody's sobre cada país compreenderá avaliações políticas, mas as principais ameaças são as negociações comerciais no México, a reforma previdenciária no Brasil e questões econômicas estruturais no Chile.
"Estamos começando a ver uma estabilização das condições macro gerais e alguns países, como a Argentina, têm potencial significativo de alta em termos de desempenho econômico", disse Reusche. "No restante da região, é difícil prever. Os problemas econômicos crescentes trouxeram desafios políticos significativos."
O Chile, país mais rico da América do Sul, foi rebaixado pela Fitch Ratings e pela S&P Global Ratings nos últimos meses após quatro anos de crescimento econômico lento e devido ao crescente déficit orçamentário.
Reusche não descartou uma atuação da Moody's nas próximas semanas, no momento em que os chilenos escolherão um sucessor para a presidente Michelle Bachelet. O primeiro turno da eleição ocorrerá em 19 de novembro e se nenhum candidato conseguir mais de 50 por cento dos votos, o segundo turno será em 17 de dezembro.
As eleições presidenciais no México e no Brasil estão programadas para 2018. Os colombianos também irão às urnas em 2018 e a Moody's mantém perspectiva estável para a classificação do país.
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