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CEO da British Airways defende cancelamento de refeições grátis

Benjamin Katz

07/12/2017 10h46

(Bloomberg) -- O CEO da British Airways, Alex Cruz, defendeu sua decisão de começar a cobrar as refeições em rotas de curta distância, afirmando que a medida era necessária para competir em um ambiente de queda dos preços das passagens.

"Considerando algumas das tarifas no mercado, não pedimos desculpas por nos tornarmos mais eficientes em vários aspectos para que possamos competir de forma consistente e eficiente", disse Cruz, na quarta-feira em Londres. Ele acrescentou que a BA continua sendo, "e sempre será", uma empresa aérea de alto padrão.

A unidade da IAG cancelou as refeições gratuitas nos voos europeus em janeiro, convidando os passageiros a comprarem lanches e sanduíches da Marks & Spencer Group a bordo. Cruz, que veio da unidade de baixo custo Vueling em 2016, também reformulou o programa de fidelidade da BA e está sendo criticado pelo plano de acomodar passageiros na mesma classe segundo a quantia que pagaram. A operadora busca competir com redes concorrentes como Air France-KLM e a Deutsche Lufthansa e se defender de especialistas em voos de baixo custo como a Ryanair.

Indagado no London Aviation Club pelo ex-piloto de Concorde da BA John Hutchinson, que classificou a mudança na política dos alimentos como "desastre completo", Cruz insistiu que a mudança oferece aos clientes mais alternativas e uma qualidade significativamente melhor.

O CEO, que reporta ao chefe da IAG, Willie Walsh, também instituiu um programa de redundância e reestruturou os planos de previdência da BA. Ao mesmo tempo, está revisando o produto de classe executiva Club World e investindo US$ 4,5 bilhões em 72 novas aeronaves que deverão ser entregues nos próximos cinco anos.